31 de dezembro de 2008

so long, farewell...

2008, meu querido, você já vai tarde!
ouso dizer que não fará a mínima falta.
quando sair, desligue a luz e feche a porta.

***
2009, sinta-se em casa! =)

9 de dezembro de 2008

conto de fadas na pós-modernidade

era uma vez uma princesa...

ela estava com a cabeça cheia de coisas pra resolver, como levar o carro pra oficina, pagar as contas, adestrar o dragão, mandar pintar a torre em que fica trancafiada...

num dos seus passeios pela floresta, do nada e sorrateiramente aparece o príncipe. ele fala com ela daquela maneira pseudo-tô-nem-aí, e os dois apenas cruzam olhares e caminhos.

a princesa continua a sua caminhada quando percebe o que tinha acabado de acontecer. começa a ver chifre em cabeça de cavalo branco (do príncipe, claro) e vê como a aproximação do mancebo foi, no melhor dos termos, flagrantosa.

a princesa começa a olhar para os lados, na floresta, e sempre que avista o príncipe percebe que ele a olha acintosamente. tão acintosamente que contradiz a abordagem agora classificada como insípida.

a princesa volta pra torre com mais caraminholas do que saiu, e resolve deixar a ponte levadiça só encostada e o dragão preso no quintal, caso o príncipe queira visitá-la.

o príncipe, sentindo o cheiro de importância como o cachorro brabo sente o cheiro do medo, deu um passo atrás para saborear o efeito da sua abordagem na vida já tresloucada da princesa, que conciliava a casa, o trabalho, a família, o jogo de buraco com as amigas e as saídas com os amigos animados e gays sempre que a agenda lhe permitia.

quando a princesa estava quase virando uma maniçoba (tendo sido cozida por cerca de uma semana), o príncipe resolve aparecer. educado, fala sobre poesia, arte, olha nos olhos da princesa e diz como ela é linda, e demonstra como ele se sente honrado por estar ao lado dela. pleonasticamente, um príncipe!

a princesa, que sempre ficou na sua, à espera, adorou aquela atenção. o príncipe era tudo o que ela queria. era alguém por quem ela abriria mão até de algumas coisas para ficar com. mas não precisou nem dar as doze badaladas, para a máscara photoshoppada dele começar a se desfazer.

mas a demente da princesa não quis ver o que estava acontecendo. afinal, não é todo dia que um príncipe aparece na sua vida, nem tampouco sabe dizer as coisas que ela quer ouvir. a princesa fingiu que não percebeu a migração do príncipe para o corpo hospedeiro, vulgo ogro.

a educação agora passa longe e nem manda lembranças, a consideração foi arrancada do dicionário dele com mais uma penca de folhas cheias de palavras importantes como respeito, atenção... só deve ter sobrado o i, mesmo... de imbecil, idiota, irresponsável!

a princesa tenta não ver as verrugas aparecendo sob a crosta grossa do ogro. é a última transformação (ou a última máscara a cair); ele começou a definhar, e a se mostrar do tamanho que é: insignificante. e finalmente a princesa viu que ele não passava de um asqueroso sapo. daqueles de bananeira, com as pontas dos dedos cheias de ventosas, que grudam pra não mais ir embora.

a única atitude nobre do príncipe foi não se empenhar o suficiente pra enganar a princesa. até então, ela se iludiu sozinha (afinal, ninguém ilude ninguém; nós é que nos iludimos em relação aos outros).

ela se culpou por um tempo. que tipo de princesa meia-boca era ela, pra permitir que um truçui desses se aproximasse? depois ela viu que não adianta nem se culpar, nem culpar os sapos que tentam se aproximar da realeza.

não é culpa deles serem assim. ela quer mais do que sempre teve, e ele também, cada um ao seu modo. ela é a virginiana, organizativa, quer tudo no devido lugar, inclusive um relacionamento amoroso; ele é o brucutu que quer uma princesa obediente cujo grande prazer seja pegar a cerveja gelada do congelador pra ele.

a princesa, decepcionada, volta pra sua torre. fica triste, mas nem tanto; no fundo, no fundo, ela se divertiu nessa história toda. levanta, muda todos os móveis de lugar, corta o cabelo, muda a tranca da porta levadiça, liga pros amigos e vai pra farra, sem olhar pra trás.

moral da história: o final a gente já sabe; a graça está em como vivemos até lá!

8 de dezembro de 2008

meio.

até onde somos responsáveis pelos que nos cercam?
até onde devemos respeitar os outros, em detrimento do que sentimos?
até onde devemos aceitar tacitamente decisões levianas e umbigocêntricas?

não, não é nada pessoal. mas acaba sendo, sabe?
foi comigo, e eu fiquei extremamente chateada.
não que houvesse alguma obrigação, algum stopper, nada...
mas a criatura nem parar pra pensar que o que estava fazendo era constrangedor, é uó!

reitero aqui: não é pessoal.
não é a pessoa que me irrita, e sim o descaso dela.
não é por perdê-la ou milhares de baboseiras que escrevo aqui, mas pelo princípio.

e estou cansada de ter que pedir desculpas por tê-los (princípios).

fim.

2 de dezembro de 2008

ver melhor

só pra falar dos meus olhos vermelhos.
não os do coelho, nem de marijuana...
vermelho-mar.
vermelho tempestade.
vermelho inevitável.
vermelho.
...

25 de novembro de 2008

meus dragões a matar



OGUM é o temível ORIXÁ considerado o mais guerreiro, violento e implacável de todo o Panteão. É o deus do ferro, da metalurgia e da tecnologia; protetor dos ferreiros, agricultores, caçadores, carpinteiros, escultores, sapateiros, talhadeiros, metalúrgicos, marceneiros, maquinistas, mecânicos, motoristas e de todos os profissionais que de alguma forma lidam com o ferro ou metais afins.

OGUM é o ORIXÁ conquistador. ELE se fez respeitado em toda a África negra devido ao seu caráter devastador. Foram muitos os reinos que se curvaram diante do poder militar de OGUM.

O campo de atuação de OGUM é a linha divisória entre a RAZÃO e a EMOÇÃO.

OGUM gosta de pisar a terra com os pés descalços. É batalhador e não mede esforços para atingir seus objetivos. E mesmo contrariando a lógica, luta insistentemente e vence.

OGUM não se prende à riqueza, o que ganha hoje, gasta amanhã. OGUM gosta mesmo é do PODER, gosta de comandar, é um líder nato.

OGUM é o que vem primeiro, é aquele que está sempre a frente...

http://www.guardiadeorixa.com/Ogum.htm

10 de novembro de 2008

?

e
agora,
José?

o
que
fazer
com

essa
imensidão

chamada
vida

que
eu
nem

lembrava
mais

que
existia?

9 de novembro de 2008

saulo.


o cheiro do mar vez por outra me invade as narinas.
e ele é vento.
o vento que permito que entre por entre meus cabelos.
é ele quem vejo da janela da minha torre,
na minha selva de fuligem e amianto.
o seu gosto, quase sinto.
o sal, o sol...

ele é vento.
vento que quase fala, que mais significa que pronuncia.
vento que brinca, vento que tira o sorriso da caixa em que se guarda quando se sabe que não vai usá-lo naquele momento.

meu Saulo, meu vento, sou tua Ostra.
sei que não posso te guardar, mas me deixa te sentir.
sei que tu és fugaz, e sei que somos impossíveis neste plano, mas podemos lutar, ainda.

metade de ti é mar.
a outra metade nem ouso nomear.
metade de ti é chuva, é tempestade, é cheiro, é impulso.
a outra metade é suspiro.
metade de ti, às vezes serena, esconde redemoinhos.
a outra metade desperta redemoinhos.

e metade de mim é esperar a tua visita na minha nuca.
a outra metade nem me interessa mais.

meu calcanhar de aquiles

eu preciso saber. é uma coisa doentia mesmo. gosto de saber com quem estou lidando, gosto de entender o que se passa.

essa semana um amigo (daqueles que te conhece desde o tempo em que você corria só de calcinha na porta de casa e que, por acasos da vida, faz 5 anos que não encontra) ligou pra minha casa. conversamos uma hora, mais ou menos, sobre as coisas boas da nossa infância e adolescência juntos, dos amigos em comum, e falamos inclusive de coisas que nunca falamos antes, de uma maneira natural e tranqüila. e foi ele quem disse, de uma maneira simples: "sabe qual o teu problema, Raquel? tu sempre quer ter o controle de tudo e de todos, desde criança! você se cobra demais!".

falando assim, parece uma coisa psicopática e temerosa, mas eu não vejo por este lado. (não ver tanto problema nisso pode ser a raiz do problema...)

realmente eu me cobro. muito. não gosto de não saber o que está havendo. reajo de uma maneira louca quando me sinto deslocada e fora das coisas. mas correr sempre em busca deste saber só está me cansando. já está na hora de aceitar um mero não, um já foi... todo mundo convive com isso, porque eu não posso?

agora eu pergunto: se Deus não queria que eu soubesse das coisas, porque inventou o google?

2 de novembro de 2008

de alma lavada e enxaguada


me passei.
muito.
chorei, ri, gritei, chorei de novo, gritei mais ainda.
esse show do Marcelo Camelo acabou comigo.
eu saí destruída, exorcizada...
afinal, ele conseguiu chegar lá nos demônios com síndrome de perereca de bananeira (aqueles que não desgrudam nem com água quente) e tirou tudo.
eu mal conseguia sorrir, eu mal conseguia articular o que quer que fosse.
Santa Chuva e A Outra me levaram para um universo paralelo, quase um vídeo-game onde eu finalmente consegui matar o chefão...
em Todos os Santos, me apego ao Camelo e ao Descartes, que tava lindo demais tocando no Maracatu Solar mais cedo.

p.s. finalmente me senti contemplada e concordando com a música: e as gordinha (sic), um alvoroço - Copacabana.

28 de outubro de 2008

tensão pré-


edo
orte
undo
úsica
estrado
arcelo Camelo
onotonia
enos
ais...

27 de outubro de 2008

T P M

se na vida real eu já sou o cão, com TPM eu sou o canil todinho.

algumas mulheres choram com a maldita; outras se deprimem; muitas se jogam no chocolate... eu viro bicho: irritada, ranzinza, e sem freio entre o pensar e o falar. quando dou por mim, já fiz/falei merda...

faz 3 dias que ela se instalou, mas eu só percebi ontem o quão perigosa eu estou. e nunca durou tanto tempo...

se você, caro amigo, foi 'armagaiado' pelo rolo-compressor, vulgo minha TPM, desculpa. quando eu virar gente de novo, compenso esse tresloucamento corintiano. só espero que você suporte até lá.

15 de outubro de 2008

o máximo

o máximo chega.
devagar, a gente nem espera.
a gente nem vê que é o máximo!
e de repente chove onde era deserto, e nasce o novo, o arrebatador.
foi o máximo, é o máximo e será o máximo.
mas se não for, tô no lucro, só pela mudança do clima.


p.s. não sou grande fã de hermetismos, apesar de me ver pouco inteligível neste momento... a questão é que geralmente não faço alarde da minha vida, gosto que ela simplesmente aconteça! por isso, vivo este máximo enquanto ainda posso.

p.s. do p.s. a proximidade de bsb me arrepia a nuca... o que quer dizer isso, exatamente?

7 de outubro de 2008

zero-três uó!

meu povo,

peloamorde, o que acontece com a topic 03 aqui em Fortaleza?

eu já tinha tido o desprazer de ir da minha casa até a unifor (cerca de 45 minutos) em pé e de gesso, porque nenhuma criatura pôde ceder o lugar dentro daquele forno!

e, nessa segunda, subi na binga da topic e fui, feito vaca, em pé até a Casa de José de Alencar (mais na puta-que-pariu que a unifor, pra mim), me segurando no puta-merda de canhota porque nenhum incréu podia segurar a pasta que eu tava tentando equilibrar na mãe direita.

uuuuuuuuuuuu-óóóóóóóó!

pra coroar, fiquei quase sentada na clavícula de uma cunhã que só se mexia pra pegar um "pipe" na bolsa. aaaah, baitola! ela e suas 3 gerações (não me interessa se ascendentes ou descendentes) hão de pegar uma 03 igualzinha a essa, e o povo vai fingir que ela não existe!

5 de outubro de 2008

setembro?

eu passei setembro ou ele me passou?
acho que o diagnóstico é: eu me passei em setembro!

já comentei por aqui a minha relação amoroso-estável com o número 9... deste modo, não foi por acaso que as maiores decisões que tomei esse ano se deram no dito mês. pra coroar o fato, a minha mãe chegou no dia 9, às 18h.

não há acasos, há sinais luminosos incandescentes que imploram a nossa atenção. talvez para alguns isso seja mera esquizofrenia, santeria ou o que quer denominem; independente do que seja, não dá mais pra ignorar.

8 de agosto de 2008

epílogo

alguns anos depois.
em cima da duna, sentada, os olhos semi-cerrados, tentando evitar o pouco sol que ainda caustica.
as ondas batem ao longe, e aquele cheiro salgado que é uma mistura de suor e infância na praia.
os cabelos semi-medusianos voam livres, assim como os pensamentos que espero que não petrifiquem ninguém.
olho para trás e o sorriso existe.
já foi, já fomos, já somos.
perto da água estão todos lá: amigos, acenando e sorrindo.

7 de agosto de 2008

:@ - o desfecho

eu tava muito puta.
botei meu lexotan auditivo (a trilha do Across the Universe) pra truar e a oportunidade de extravasar veio.
gritei, meu bem. gritei pra onde deveria gritar.
que maravilha é voltar a sentir a respiração sem aquele peso.

:@

não tem nada que me deixe mais irada do que me sentir usada.

é uma raiva que sobe do estômago e fica querendo empurrar o grito pra fora.

o problema é que geralmente quando isto acontece, a pessoa pra quem o grito deveria ensurdecer não está perto.

isso é até bom, pois, parafraseando Veríssimo, Deus me dê paciência, porque se me der força eu mato de porrada!

ai, que vontade de quebrar alguma coisa!..

31 de julho de 2008

nós

nós somos nós, buarquianos estreitos nós.

há muito não venho aqui. não por falta do que falar, e sim por falta de coordenação, por falta de momento, por falta de mim mesma. o tal inferno astral me balançou e muito. me questionou e continua me questionando acerca de muitas das minhas decisões ou da falta delas.

com certeza não sou mais aquela que estava aqui em junho. nem sei se estou preparada ainda para voltar aos alfarrábios, mas julho me empurrou para muitas direções, e eu não quero que ele ganhe. talvez por isso mesmo que hoje, seu último dia, me obrigo a responder, mais para mim do que para qualquer público, que não sou a vaca do Twister, que só roda no furacão.

a despeito do que eu mesma cheguei a duvidar, cheguei até aqui mais inteira do que podia prever. estas seis semanas (praticamente um curso de verão, né?) foram esclarecedoras, exorcizantes, recheadas de guinadas, grandes encontros e novas possibilidades. a questão é que os velhos clichês não me largam (ou sou eu a grande amante dos lugares comuns?).

meu Au Pair de mim mesma foi como qualquer outro: houve o velho stress de guerra, mas a experiência é bem maior do que estas coisas mundanas.

neste ínterim revi alguns nós. alguns, infelizmente não passam de um laço frouxo, mal-feito e possível apenas numa única circunstância. mas outros nós se mostraram de marinheiro bêbado, que não desatam nem com a N. Sra. Desatadora de Nós.

são esses que eu quero perto de mim.
são esses nós, somos esses nós.

18 de junho de 2008

:'(

hoje fiz a maior merda da minha vida: gritei com a pessoa que mais me apóia.
eu sou um monstro.

a casa está fechada para comentários.

6 de junho de 2008

crise de riso

[inferno astral off]

meu povo, quase morri de rir ao ver o comercial da "New Fragrance" da Diesel. vídeo noir, lusho puro, e quando chega no final, olha o nome do perfume:




huahuahuahuauahuhauhauhau. fiofó life.
ai, ai... tava precisando rir, mesmo.

[inferno astral on and on]

5 de junho de 2008

A Saga Mazela - Cap. I

com o patrocínio de Lady Murphy, aquela simpática senhora que te escolhe para Cristo, apresento o primeiro capítulo da Saga Mazela: Quadrilha.

eu, meu irmão e a minha mãe, em 1900 e lá vai pedra.


nasci dia 23. véspera de São João. tooooooodos os meus aniversários na infância foram de vestido de chita e pintinhas no rosto (e muitos na adolescência e na vida adulta também). o fato é: da festa eu detesto o forró, o bolo de milho, a canjica, a pamonha, e uma infinidade de coisas. o que se salva é o vatapá e a comédia.

e, como a Lady me escolheu até o dia 23, hoje, quando resolvi ficar em casa pra estudar para a prova de domingo, desde as 14h uma quadrilha de pessoas com perda de memória recente ensaia, e com a mesma música!! o.O

eu tô surtando, aqui! o pior é que não sei nem pra que lado é o ensaio, pra eu jogar um ovo lá em protesto. esse povo não aprendeu ainda esses passos? peloamorde! vão estudar no youtube, mas pela-mãe-do-guarda, terminem o ensaio.

meu nome não é mazela (apenas); meu nome agora é neurastenia.

ele voltou...

... o boêmio voltou novamente, versão voadora nos peitos!

é, meus caros, o meu inferno astral pré-balzaca está truando. até este blog conspira para isso. a minha última postagem foi exatamente na linha entre ser uma pessoa e descer a escada rolante para a parte mais quentinha.

para os que não sabem o que é, eis a definição de uma fonte acima de qualquer suspeita (site B de esoterismo):
Inferno Astral é o período de 30 dias que antecede a data de seu aniversário. Nessa época, a cada ano, você fica mais sensível e precisa se dar a si mesmo(a) mais atenção. Durante essa fase, recomenda-se fazer um balanço de sua vida e quando se deparar com problemas, esforce-se por resolvê-los.
é, meu bem, é babado é resolver coisas que talvez há quase 3 décadas só existam para pegar poeira...

e para os que não acreditam, eu GARANTO que existe. pelo menos comigo todo ano acontece. alguns anos mais, mas esse ano as coisas estão se alinhando de um modo que parece ser o mais foda.

analisando a minha própria situação: eu sei qual é o problema e, na "tiuria", sei que ou não tem remédio ou não tem remédio.

eu volto. pra contar as minhas agruras até o libertador dia 23.

até lá, meu nome é mazela.

22 de maio de 2008

yeah, yeah, yeah!

ah, meu povo... vou nem mentir, pra morrer esturricada! tô espocando de orgulho de ontem, ó!

finalmente saímos da incubadora, os beatlelados. nos apresentamos no encerramento do semestre de música da UECE. é claro que não saiu tudo perfeito, e a gente sabe disso, mas o importante é: a gente se divertiu. e essa foi a proposta desde o início.

foi muito bom ver as pessoas surpreendidas com a formação, com o repertório, com a sonoridade, com a doidice. deu aquele gosto de se apresentar de novo!! :)

e depois fomos desopilar na calourada da UFC. muito bom rever gente tão diferente, e que fazia tanto tempo que eu não tinha contato.

segunda que vem tem mais. Fernanda Takai na Concha. de grátis, beibe!

19 de maio de 2008

:/

quero escrever, mas não consigo. há tanta coisa represada aqui, que tenho receio de soltar tudo. talvez seja aquele velho medo de me arrepender, pois depois de escrito não apago mais (viu, Marília? :p)...

essa "repressão" estoura em mim. dor-de-cabeça, garganta engasgada, vontade de sair sem ter rumo nem hora pra voltar... mas eu não posso. a esse luxo eu não posso me dar, afinal, tenho responsabilidades (leia este trecho com pompa, tá?).

o que fazer? não faço a mínima idéia...

18 de maio de 2008

p.s.

Sorte de hoje: Faça apenas o que o coração manda.

sim, senhor!

free hugs

sair com os amigos, rir, música boa, tudo ótimo.
mas nada, nada me surpreendeu mais do que os abraços.
um abraço forte, cheio de energia, com o significado que só o silêncio pode dar, uma limpeza, uma quebra...
nessas horas dá uma saudade que chega a doer do coral. pra viver no palco, o "abraços".
espero ter oportunidades como essa muitas vezes; sei como isso é raro.

17 de maio de 2008

across...

porque que sempre que a gente decide algo o universo vem atentar?

a gente fica bem, orgulhosa, até, do que resolveu, mas aí começa a bater um sentimento estranho, algo que começa como um burburinho até chegar quase àqueles carros de som de enésima catiguria, como os dos portadores de micropênis aqui em Fortaleza.

perturba, mexe, endoida, pinica, salta, gira, corre e uma infinidade de tresloucamentos, que, a priori não deveriam caber em ninguém, mas sempre cabem.

porque não? ou melhor: porque sim? porque assim?

time is clocking

é, meus caros... está na hora. talvez já tenha passado da hora. da hora de resolver, da hora de sair, da hora de entrar, da hora de só curtir, da hora de aceitar.

quantas vezes deixamos pra resolver as coisas depois? essa minha "patologia" já tem diagnóstico e até comunidade: procrastinadores crônicos.

vamos ver se eu furo o esquema e procrastino a procrastinação. e se juntar um prato de trigo para três tigres, vira um trava-língua escândalo!

p.s. taí uma coisa que eu nunca entendi: o que os tigres fariam com os pratos de trigo? mela-mela?

16 de maio de 2008

...

fazia tempo que eu não tinha pesadelos.
sintomático? somático? quebrador de ATM?

sinceramente, nem sei se foram pesadelos realmente, e sim sonhos perturbadores.

daqueles em que você vê as coisas claras e resolvidas, especialmente as que não têm resolução.

não sei. talvez eu nunca saiba. só na esfera onírica...

15 de maio de 2008

memórias do semi-cárcere

sabe o que mais me faz falta? ver os amigos.

as conversas são sempre correrias, o despertador passa o dia tocando, o tempo escorre ruidosamente, cada escolha implica necessariamente numa perda do outro lado.

não, não me arrependo de nada. só queria me organizar melhor pra conseguir ver quem me faz bem, dar atenção a quem merece, ler o que eu tiver vontade... essas coisas, que hoje faço aos poucos.

como diz o Amarante, eu gosto é do gasto! e sobe a adrenalina, enfermeiro!

qual a medida?

estava lendo sobre alguns conflitos armados, e parei pra pensar sobre o que usamos para nos proteger. não falo da mera proteção física, mas da parte que demora mais pra curar quando é atingida.

conversando no msn com uma amiga, dialogamos sobre a altura dos nossos muros interiores. o meu é alto, com cerca elétrica, arame farpado e dragão do Shrek sobrevoando o tempo inteiro. o dela é baixo, fácil de pular, mas fácil de expulsar também.

em qual estamos mais seguros? alto aqui da minha torre, muitas vezes tenho saudade de baixar os meus muros. me vêm à (megalômana) mente a queda do muro de Berlim, e a felicidade de finalmente ver o mundo com as mãos e ser vista.

é dura a vida de princesa trancafiada; o príncipe tem que atravessar tanta coisa pra chegar, que até acho natural que só consiga, depois do decatlo, sentar no sofá e beber uma cerveja. (tudo isso com aquela narração insuportável do Faustão, todo domingo)

vou baixar os muros, prender o dragão, me mudar pro térreo. já basta de desculpas alheias! agora quero ver a do príncipe, sem ter pra onde apelar!!

que realmente o que haja em comum entre mim e a Rapunzel seja o início e o fim (tanto no nome quanto na história). o meio pode deixar que eu faço!

12 de maio de 2008

com uma pitada de ki-boa

é, caros, estou de molho. "cuarando", pra ser bem exata.
e a pitada do título é pra limpar o que a gente não vê...

e viva a overdose dos santos barbitúricos!!

5 de maio de 2008

façam fila!!

Sorte de hoje: Divida sua felicidade com os outros hoje mesmo.

e tragam a vasilha!!

para a minha mõe

que no fim das contas, é igual a todas, salvo algumas marmotas, que a torna única! :P

sussurro

só pra dizer que amo vocês.
vocês que sabem que amo vocês.
vocês que estão sempre aqui, junto de mim.
vocês que me fazem sorrir, mesmo quando não dá.
vocês, que me fazem chorar, como agora, pela mera lembrança de tudo o que vivemos.
vocês, que me puxam pelos cabelos, para voltar a respirar.
é baixinho assim, para contrastar com a imensidão que vocês deixam dentro de mim.

nighty

tem coisas na vida que simplesmente somos. desde que o discernimento me chegou, lembro-me da minha fascinação pela noite. há momentos na minha infância que me dão lembranças tão boas que me convencem da minha relação eterna com ela, a dama.

minha mãe, sentindo o cheiro perigoso das idéias próprias, tentou (em vão) me tornar uma criatura diurna. talvez ela nunca entenda que não é opção para mim, ser notívaga... é fato! passei anos estudando pela manhã, me sentindo um pobre vampiro triste, violentada às 6 e qualquer coisa da madrugada.

e as coisas só pioraram quando eu percebi o nascimento da minha cinefilia. todos os fins de semana me era permitido dormir na hora em que eu quisesse, e os meus pequenos olhos se deleitavam com a sessão tripla de supercine, sessão de gala e corujão. naquela época, meus jovens, em 80 e bolinha, não havia nada mais glamouroso que a abertura do supercine! uma tomada de cima de prédios iluminados, ao som de um sax que me remetia a lembranças que eu nunca tive.

não sei, naquele momento tudo o que eu queria era crescer e ganhar uma janela que desse para algo diferente de uma parede (eu morei no térreo até 2 anos atrás, e não tinha nem para onde olhar), e viver a atmosfera mágica das encantadoras luzes (da ribalta? ~.^). a noite, a misteriosa noite, me enredou definitivamente naquele tempo.

e esse amor, cultivado lentamente, se apoderou de mim. com o tempo a relação noite e filmes foi se apurando, até que a vida adulta me põe em cheque. tenho que escolher, neste momento, entre o meu grande amor e a minha vida. se houvesse uma maneira de conciliá-los, eu o faria, mas estão em lados opostos, agora.

não é por não te amar que te deixo, mas sim por te amar demais, e por te querer para sempre, que agora é momento de abrir mão de ti. para que possamos voltar um para os braços do outro, sem cobranças, simplesmente para o nosso deleite.

25 de abril de 2008

+

um cigano olhou pra mim e disse que tenho mão de cantora
+
a velha verdade de guerra
+
novas maneiras de se fazer o de sempre
+
novas maneiras de se fazer o novo
+
o mesmo cheiro
=
saldo positivo :)

23 de abril de 2008

=)

Sorte de hoje: Você passará por algumas experiências maravilhosas.

eeeeeebaaaaaaaaaaa!!! :)

21 de abril de 2008

full moon


deve ser a lua cheia. não sei, ela sempre mexe comigo. acho um absurdo as pessoas não olharem pra lua, especialmente quando está cheia.

sem metáforas, na minha janela ela não apareceu hoje. quem sabe ela esteja pleonasticamente de lua... não sei...

como sempre, só conjecturas e nada de certezas. afinal, quer algo mais perecível que as certezas?

para o vácuo

- los angeles.
- ...
- eu fui o anjo.
- ...
- o anjo que pediram que eu fosse.
- ...
- sem discussões clichês sobre seu sexo, só as não-clichês.
- ...
- não conheço anjos tristes.
- ...
- não sei se é permitida ao anjo a tristeza.
- ...
- mas deve ser uma vida triste, essa onde a tristeza é proibida...
- ...
- afinal, como saber quando se está verdadeiramente feliz, se não se tem referencial?
- ...
- ...

18 de abril de 2008

fact: I'm not allowed to watch Bridget Jones!!

I just can't help my crush at Mark Darcy, and the way he is. his chalk stripe suit, his sided smile, his way of fighting... everything drives me crazy!!

I'm such a faggot!! :)
sabe o que é o pior? a catinga da batata carbonizada.
eu disse que era um sol ocasional. voltou a chover.
mas há novas possibilidades nesta chuva.

16 de abril de 2008

que sol é esse? que céu azul é esse?
depois de tanta chuva, será que dá pra acreditar?
depois de tudo, tenho até receio de (eu) parar de chover...

15 de abril de 2008

tempos monossilábicos

sabe quando não há muito a falar? as palavras não podem exprimir de maneira alguma o que se sente? até porque nem você consegue racionalizar o que está sentindo?

pois é. estou assim. e olha a querida sorte do dia: Aguarde para breve momentos emocionantes. ~.^

13 de abril de 2008

mas hein? II

Sorte de hoje: Você tem um equipamento incomum para o sucesso, use-o corretamente.

equipamento incomum? =O esse orkut... sempre intrigante!

11 de abril de 2008

sonda do mal

já fazia uns dias eu estava numa sorumbatia galopante e, aparentemente, sem sentido... até conversar com outras amigas, potenciais carpideiras, no fim de semana passado. aos poucos, fui vendo que muitas amigas não estavam bem. e a Lady (Murphy) era a única que sorria.

comigo aconteceu de tudo: até a minha sandália (que eu amava) quebrou dentro do shopping, e não restou opção a não ser voltar pra casa, descalça e puta! e com as amigas não foi diferente: brigas com namorados, tristeza, morte de parente, frustrações e crises...

tenho cá pra mim que há uma antena clandestina em terras alencarinas, emanando uma vibração que só as mulheres captam (uma espécie de apito pra cachorro mais apurado), um combinado de TPM e depressão, com potencial explosivo. apresento-lhes a Sonda do Mal.

como não ser atingida por ela? não sei, minhas caras, mas, nessas horas, até mandinga entra! hoje tive que jogar sal por cima do ombro esquerdo e na chuva!! foi ótimo, saí tranqüila, vocês nem imaginam! e no domingo vou na feirinha da Igreja de Fátima (ficar muito longe do Roberto Carlos, obrigada!) comprar fitinhas VERMELHAS. amigas, esta semana vocês entrarão para a campanha Sonda do Mal, pega no meu pé! e Quebrando o Quebrante e Botando pra Quebrar!! :)

10 de abril de 2008

...

eu sei. e saber não impede nada, apenas me tira a bênção que é a ignorância.
Dufraine plantou um dúvida na minha cabeça ontem... justo sobre algo que eu tinha certeza, daquelas de jurar de pés juntos!!!
eu sei de tudo. só não sei o que fazer.

9 de abril de 2008

♪ . ♫ . ♪

Ah, como é difícil tornar-se herói
Só quem tentou sabe como dói vencer Satã só com orações

♪ . ♫ . ♪

Ah, quem sabe de si nesses bares escuros
Quem sabe dos outros, das grades, dos muros

♪ . ♫ . ♪

É com esse que eu vou sambar até cair no chão
É com esse que eu vou desabafar na multidão
Se ninguém se animar
Eu vou quebrar meu tamborim
Mas se a turma gostar vai ser pra mim

♪ . ♫ . ♪

Essa ladeira, que ladeira é essa?
Essa é a ladeira da preguiça
Ela é de hoje
Ela é desde quando
Se amarrava cachorro com linguiça

♪ . ♫ . ♪

Prezado amigo Afonsinho
Eu continuo aqui mesmo
Aperfeiçoando o imperfeito
Dando tempo, dando um jeito
Desprezando a perfeição
Que a perfeição é uma meta
Defendida pelo goleiro
Que joga na seleção

♪ . ♫ . ♪

Bicho do mato
Quero você para mim
Eu só vou embora
Se você disser que sim
Mas eu só ponho o meu boné
Onde eu posso apanhar
Devagar se vai ao longe
Devagar eu chego lá

♪ . ♫ . ♪

Se oriente, rapaz
Pela constelação do Cruzeiro do Sul
Se oriente, rapaz
Pela constatação de que a aranha
Vive do que tece
Vê se não se esquece
Pela simples razão de que tudo merece
Consideração

♪ . ♫ . ♪

Mas que malandro sou eu
Pra ficar dando colher de chá
Se eu não tiver colher?
Vou deitar e rolar
...
O vento que venta aqui
É o mesmo que venta lá
E volta pro mandingueiro
A mandinga de quem mandigar

♪ . ♫ . ♪

Tenha medo não, tenha medo não, tenha medo não.
Nada é pior do que tudo, nada é pior do que tudo.
...
Nenhum chão, nenhum porão, nenhuma prisão, nenhuma solidão
Nada é pior do que tudo que você já tem no seu coração mudo

♪ . ♫ . ♪


Elis, um dia você acaba comigo.

8 de abril de 2008

mas hein?

meu povo, o que está acontecendo com o já instável orkut? alguém pode me dar uma razão plausível para se ter 26 mil pessoas adicionadas ao seu perfil? e sair adicionando a esmo, meu pai?

eu já tinha ficado puta com o escambo que fizeram com a comunidade do Queridos Amigos, uma comunidade como poucas, onde os fiéis catalogaram as máximas episódio por episódio, montaram a trilha diariamente e dispuseram as versões para download, fora as discussões de alto nível sobre a série.

na véspera do fim da série, fui procurar na minha lista de comunidades e nada. pensei: meo deos, fui expulsa! usei o procureitor do yakult, e vi uma comunidade sobre a série com cerca de 11 mil pessoas (a fodástica tinha 37 mil). lá vi um tópico sobre o roubo/sabotagem da maior comu: o criador esperou a comunidade crescer, apagou todos os tópicos e transformou numa comunidade de luta livre. =O

pois é, meus caros. tudo isso para ter """"""""a maior"""""""" (assim, cheia de aspas, mesmo) comunidade sobre a porcaria qualquer que o cara fez. porque alguém dispenderia tempo pra fazer algo como isso? que máfia é essa? será que aquele povo que ficava encaminhando o email dizendo que o orkut ia ser pago está mandando dinheiro pra bancar isso? que moeda de troca é essa?

essa semana, nas minhas pilhagens orkuteiras (vide Pierre Lévi), encontrei a comunidade "só pra quem tem mais de 10 mil amigos". e encontrei pessoas trocando dispositivos para roubar comunidades, criar tantos fakes por minutos, roubar e senhas e uma infinidade de pilantragens por comunidades.

é bom ficar de olho nas suas comunidades. pode ser que alguma sua esteja sendo engordada para o abate, e você acabe fazendo parte de alguma seita tresloucada, sem nem saber.


p.s. caso verdade no orkut:

um amigo estava olhando o perfil de X dia desses e achou uma comunidade, digamos, peculiar. ele riu de se passar, depois de vasculhar a comunidade e perceber o que tinham feito. ela estava na odeio estudar, adoro escola.

a criatura roubou a comunidade (na época com 75 mil pessoas) e mudou a foto para um cara nu, no lustre (como diz o Pior), todo ensaboado e com uma mulher se preparando pra fazer o teste do microfone... a comu foi renomeada e se tornou odeio estudar, adoro pica. a descrição: se você odeia estudar, mas adora uma p*** ensaboada, essa comunidade é pra você!

(i)moral da história: não basta adicionar, tem que fiscalizar!!

devaneios e caretices de uma rapariga

não sei quem disse isso (acho que foi Jung): todos somos 4 pessoas, 4 eus nos formam. o 1º é como as pessoas nos vêem; o 2º é como nos mostramos; o 3º é o que achamos que somos e o 4º é como somos de verdade.

esta esquizofrenia dá um samba interessante quando esses eus se chocam. especialmente quando os outros vêem uma pessoa que eu não acho que sou. ou quando enxergam algo que eu achava que só eu sabia, ou talvez precisasse saber... uma confusão básica, uma pororoca (ui!) do eu pronome e do eu substantivo.

e comecei a escrever isso porque acho que as pessoas me olham e me acham careta. já me disseram que tenho cara de cdf, barraqueira, séria, palhaça, forte e uma infinidade de rótulos. acredito que haja um pouco de cada uma dessas marmotas em mim, mas não sou só/tudo isso... não sou exceção; há muitos iguais a mim por aí.

pode parecer estranho reunir 8 pessoas, com seus 20 e qualquer coisa num domingo, todos bacharéis em algo, pra passar o dia brincando. essa foi a 1ª edição da Colônia de Férias do Titio Doido. movidos a pizza, refrigerantes, sucos, sorvete e gargalhadas, saiu de tudo!!

descobrimos que apandilhar é o ato de tocar um pandeiro com os dedos, além de ser a arte de se fazer roupas com peles de ursos panda. (fur is murder!) descobrimos que a paxiúba-barriguda é uma caixa-d'água natural, além de ser uma profusão de árvores e sementes.

menção honrosa para o momento mímica de filmes, onde os hereges disseram tudo mas não acertaram... minha bunda é uma cumbuca, minha bunda é uma tigela e minha bunda é uma visão foi o top 3 de minha bunda é uma tijolada, clássico. outros memoráveis foram as mímicas de Capote, Alien versus Predador e Carne Trêmula :P

mesmo destruída, como todo bom pivete, que passa o dia brincando e dorme no ônibus voltando pra casa, mal posso esperar pela segunda edição!

4 de abril de 2008

descobertas

na dúvida, fecho os olhos e me jogo. este é o mandamento, agora. me chamou pra ir na esquina comprar pão, eu vou! quero nem saber se o pato é macho, eu quero é ovo!! :)

e tem alguns dias que eu tenho redescoberto o meu mundo, agindo desta forma. a chuva interior eu já tratei de secar, como canta MR... e caminho pelas estradas que já vi várias vezes, mas que a cor e a textura mudaram, porque outra dimensão se abriu entre meus olhos e elas.

Barthes diz que entre a pessoa comum e a realidade há um anteparo translúcido que não permite que ela veja com exatidão o que acontece. já o que separa o artista desta mesma realidade é um tênue véu, e a arte é a expressão do que ele vê/sente.

não me proclamo artista, mas sei que meu anteparo não deve ser translúcido. quem sabe seja algo entre um e outro, um biombo de palhinha, com cheiro de mercado central. ou talvez eu seja apenas uma autista social...

deixando os devaneios meus, vamos às ditas descobertas. é incrível como conhecemos pessoas há um bom tempo e às vezes não sabemos muito sobre elas. ou melhor: percebemos que nunca as conhecemos o bastante.

nestes dois dias, recheados de seqüestros virtuais e físicos, aprendi sobre os mais variados assuntos: urticária, manteiga com azeite, o modo de usar um lápis, a vida dura da busca pela perfeição, preguiça X sorvete, mais beatles, caçadas em escritos outros, elis, titios, o nosso papel nos jogos, a maravilha que é ser convidada para sair, novos amigos...

perdão aos amigos mais antigos, mas tenho que me repetir: as pessoas me ganham por pequenas coisas, por pequenos gestos. ser heróico é possível, sempre que haja interesse. fazer algo para impressionar os outros é algo comum. por isso me pego (e me apego) aos atos corriqueiros, às idossincrasias, ao cotidiano.

cada amigo me ganhou por um motivo. para alguns, banal, mas para mim, um marco. alguns me ganharam por serem loucos, outros por me deixarem contar os livros pra eles, outros por terem um sexto sentido e saberem a hora exata que eu mais preciso deles, outros por me trazerem pra realidade, outros por simplesmente me fazerem rir, outros por dividirem vícios, outros por descobrirem vícios comigo, outros pelas madrugadas compartilhadas, outros pela música, outros por terem simplesmente entrado no meu coração antes que eu me desse conta disso.

e, de cada um, eu tenho a primeira impressão marcada na memória. sei dizer exatamente quando me ganhou e porque. um dia dou uma de Léo e mando para cada um este momento.

3 de abril de 2008

i ♥ lucy!

para não matar os míopes, cliquem na imagem!! :)

2 de abril de 2008

jogólatras anônimos

tô procurando, meu povo!
alguém sabe de reuniões em Fortaleza?
descobri o meu problema... eu não sei perder!
será que hipnose resolve? supletivo, supletivo...

1 de abril de 2008

I'm the fool

não vou mentir. não preciso. furaram meus olhos, quebraram as minhas pernas, deram-me um murro no estômago, engoli 20 escorpiões e fui atropelada 3 vezes pela ambulância que deveria vir me salvar. exagerada? absolutamente! viva? médio. arquejando? loucamente!

e estou aqui, me esvaindo em sangue e lágrimas, abro o orkut e me deparo com a seguinte mensagem -> Sorte de hoje: Hoje você vai ver um biscoito da sorte que nunca viu antes.

ainda tenho 1h30 pra ver o tal biscoito. mas se eu nunca o vi antes, como poderei reconhecê-lo? esse orkut é chegado num doce... talvez por isso ele hoje tenha se assumido yogurt!

31 de março de 2008

fim do 1º ciclo

fiz questão de escrever ainda hoje pra que não achem que é um post irônico-sarcástico de 1º de abril. até porque eu procuro sempre dizer a verdade no April's Fool. é mais desconcertante, e as pessoas não acreditam, mesmo... mas isso daí é pauta pra outro post.

o importante aqui é salientar que há o fim de um ciclo com o fim deste mês. é quase meia-noite, mas entrevejo o sol nas nuvens. abril está chegando e iniciando um outro ciclo que só vai se encerrar em junho.

novos começos e novos fins se aproximam. e sabem o que é bom do novo, além do cheirinho? as possibilidades. o novo vem sem a carga pesada das expectativas, e quando vemos, tudo já mudou. tô terminando de arrumar a casa, pro novo chegar e se aboletar.

e se o velho não quer sair, diga sim à reciclagem! :)
chova o que chover, eu "guardachuvo-te".
by Aniversariante que dá Presentes


obrigada, beibe, mas é hora de me jogar na chuva. aos muitos e coloridos guarda-chuvas que estão aqui para o que der e vier, agradeço e os tranqüilizo; a minha tempestade é inevitável e necessária.

it's raining. inside of me.

sabe quando tudo o que você quer é achar um canto escuro para sentar, chorar, chorar, até a tempestade que se instaurou dentro de si, à sua revelia, simplesmente escorra livremente? transborde, arrebente diques, quebre pontes que você construiu tão cuidadosamente mas que hoje são inúteis, pois não levam a lugar nenhum?

durante boa parte do meu tempo, levo o humor acima de tudo, mas o humor é um poder usado para os humanos. nada pode fazer contra a força da natureza. esta natureza louca, que nos arrasta, que nos lembra todo o tempo de que somos nômades, apesar da carcaça urbano-sedentária.

não adianta mais lutar pra me segurar. é hora de deixar a correnteza levar... até porque não acredito que se permitir seja pior do que ficar na corda-bamba, vivendo no medo e na dúvida.

estou trovejando. só espero que os meus raios destruam o que deva e mereça ser destruído. se é pra chover, que seja torrencial.

adeus, minhas frágeis bocas-de-lobo.

eternal sunshine of the spotless mind

:(
feeling like joel, being erased by clementine.

29 de março de 2008

sonhos

uma amiga tinha um sonho. queria resolver várias pendências da vida antes de dar um passo importante, que sabia que de lá não teria volta. esta amiga resolveu usar o pouco tempo que restava fora as obrigações rotineiras para juntar as amigas, e se despedir.

sabe o que me enche o coração? ela me convidou pra participar deste sonho. talvez isso seja ainda mais legal do que ter sonhos: saber que alguém quer que você faça parte dos dela.

amiga, neste longo e tortuoso caminho entre o sonho e a realização não devemos nos desesperar. é da índole dos sonhos quererem se manter na esfera do onírico, do mágico, do irreal. é com muita força que o trazemos para a terra, mas vale a pena. e nem tudo é pra ser; às vezes o papel do sonho é simplesmente ser sonho.

e alguns sonhos existem para nos levar a outros. e estes outros, estes que nem imaginamos, são os que geralmente se realizam. e sem a carga pesada das expectativas, estes são os sonhos mais doces e felizes.

estamos aqui. acreditamos no sonho. não vamos te deixar. mas deixe a gente sonhar junto, deixe este outro sonho se concretizar!

sim, eu sou cobarde!!

Sorte de hoje: Você passará em uma prova de fogo que o tornará mais feliz.

medo, viu? eu sempre me queimo nessas provas de fogo, e faço xixi na cama... será que significa que vou desenvolver práticas SM? :O

25 de março de 2008

across the universe


eu não tenho culpa, meu povo. acho que descobri meu papel no mundo... receber as coisas e repassar pros amigos!

aspirante a beatle-maníaca (sei que pra ser maníaca por eles como alguns são, eu precisaria nascer de novo e nem assim talvez merecesse partilhar a denominação!), recebi das mãos de uma anjo este filme.

diferente do Suíno Toddy (perdão Tim Burton e Johnny Depp, mas não deu!), que eu fiquei no cinema revirando os olhos e pedindo: "senhor, me arrebate agora, se for pra sibite baleado (filha do Suíno) cantar de novo!", Across the Universe me arrebatou sem eu precisar suplicar.

com um roteiro relativamente simples, uniram os protagonistas de algumas canções do quarteto (Jude, Lucy, Prudence, Sadie, Max, Jo-Jo, Dr. Robert) a algumas canções emblemáticas. desenvolvido no fim da década de 60, expuseram a guerra do Vietnã, a chegada dos hippies e a luta contra a estupidez dos líderes de Estado.

lindo. tocante. ousado. fotografia perfeita. se chorei? sempre. tanto que tinha que parar o filme pra me entregar ao êxtase da cena. foi, como diz o Tutunho, quase uma experiência estética.

meu top 5:

5. I've just seen a face
4. while my guitar gently weeps
3. strawberry fields
2. let it be
1. all we need is love

o filme vem pra Fortaleza no mês que vem. amigos, estou disponível para assistir todas as sessões, se me aceitarem!!

North Shopping - 8 e 15 de abril, às 20h30
Iguatemi - 18 de abril, às 21h30
Iguatemi - 19 de abril, às 10h45
Iguatemi - 21 a 24 de abril, às 19h30

bó? :)

Across the Universe. EUA, 2007. diretora: Julie Taylor. roteiro: Dick Clement e Ian La Fresnais, baseado em estória de Julie Taymor, Dick Clement e Ian La Fresnais. elenco: Ewan Rachel Wood (Lucy), Jim Sturgees (Jude), Joe Anderson (Max Carrigan), Dana Fuchs (Sadie), Martin Luther McCoy (Jo Jo) e Salma Hayek (Enfermeira cantora). produção: Matthew Gross, Jennifer Todd e Suzanne Todd. 131 minutos. Sony/Columbia. 10 anos.

alive!

sim, a despeito do que eu mesma cogitei durante um tempo, estou aqui. por esta frase já se vê que será um post filosófico/reflexivo. desculpem-me os que não têm saco para eles, mas eu também sou isto aqui: os bons e os maus momentos... sem juízo de valor, nem classifico este post como um mau momento, mas simplesmente um relato.

há dois meses escrevi, diária e sofregamente 96 páginas de um caderninho cuja capa estampava (de fábrica) a palavra RESPEITO. foi realmente uma experiência, e das mais engrandecedoras! todos os anos, em dezembro, eu paquerava agendas, que, com entusiasmo febril, escrevia 2 páginas e ela já deixava de ser novidade e ficava jogada num canto qualquer...

com este caderno me propus a me acompanhar neste processo. coloquei tudo pra fora, me expus. havia uma fragilidade palpável entre eu me entregar às páginas e o medo de que alguém pudesse me ver daquela forma, como ninguém nunca viu e que provavelmente ninguém verá.

é incrível que, mesmo quando a gente acha que estagnou, e que o tempo se arrastava, aos poucos eu me via uma pessoa diferente. escrever diária e especificamente sobre o que se sente, e não sobre tresloucamentos que só dizem de nós o que queremos que digam, nos faz perceber como reagimos a uma crise, e como somos mais fortes do que sempre pensamos.

foram 2 meses escrevendo. e estou aqui, inteira, apesar de ter duvidado algumas vezes de isso ser possível. e devo isso a muitos fatores, a muitos grandes atos e a muitos pequenos também!

aos amigos, aos seqüestros, às luas, às conversas, às risadas, aos ouvidos, às segundas do bem, aos que moram longe mas estão dentro do coração, à oportunidade de desabafar para quem merecia ouvir, aos filmes que me abriram a mente, aos livros que me alimentaram, à musica, amiga de todas as horas, muito obrigada!

e agora? o papel do caderno foi cumprido. eu não podia mais me esconder nele, achar que não estava pronta ou algo do gênero. a hora é de mudanças, e sei disso há tempos... e a ajuda deste diário ia se tornar uma dependência caso eu não me desfizesse dele.

durante muito tempo, me vi queimando estas páginas. mas ontem, quando reli tudo, vi que o fogo seria falso; seria como se eu meramente apagasse e destruísse tudo aquilo. resolvi que o sentimento encerrado nestas páginas merecia ser decomposto, passar por um processo lento antes de desaparecer... assim como o que sobrou em mim destes dias tem que se acomodar na pessoa que sou hoje. por isso, rasguei página por página ouvindo beatles, chorando o que eu já devia ter chorado há muito tempo, e levei estas "cinzas" para jogar no mais simbólico dos mares...

life is very short and there's no time
for fussing and fighting, my friend

p.s. Isabel, muito obrigada pelo apoio sempre. a idéia do caderno foi sua, e eu nunca vou poder agradecer o suficiente!

21 de março de 2008

santa sorumbatia

tenho milhões de coisas a escrever; bons filmes, bons livros, mas hoje não estou tão bem. deve ser a explosiva mistura de liseira + marasmo, que nos puxa para baixo, tal a gravidade. enquanto a normal não me puxa pelos cabelos para cima, vou cantando e me encantando com o eternamente novo que the beatles representa.

o mais novo eu:

she's leaving home
(John Lennon, Paul McCartney)

Wednesday morning at five o'clock as the day begins
Silently closing her bedroom door
Leaving the note that she hoped would say more
She goes downstairs to the kitchen clutching her hankerchief
Quietly turning the backdoor key
Stepping outside she is free

She (We gave her most of our lives)
Is leaving (Sacrificed most of our lives)
Home (We gave her everything money could buy)
She's leaving home after living alone
For so many years
Bye bye

Father snores as his wife gets into her dressing gown
Picks up the letter that's lying there
Standing alone at the top of the stairs
She breaks down and cries to her husband
Daddy our baby's gone
Why would she treat us so thoughtlessly?
How could she do this to me?

She (We never though of ourselves)
Is leaving (Never a thought for ourselves)
Home (We struggled hard all our lives to get by)
She's leaving home after living alone
For so many years
Bye bye

Friday morning at nine o'clock she is far away
Waiting to keep the appointment she made
Meeting a man from the motor trade

She (What did we do that was wrong)
Is having (We didn't know it was wrong)
Fun (Fun is the one thing that money can't buy)
Something inside that was always denied
For so many years
Bye bye

She's leaving home
Bye bye

13 de março de 2008

minha ópera

ora estou maria rita.
ora estou cássia eller.
ora estou marisa monte.
ora estou elis.
ora estou ludov.
ora estou moska.
ora estou mombojó.
ora estou chico.
ora estou beatles.

resumo da ópera: esquizofrenia nível 9, lágrimas, suor e eventuais cervejas.

10 de março de 2008

minha avó já dizia...

minha avó é perfeita! além de ser minha companheira de leituras (repassei O Senhor do Anéis e todos os Réuri Porta pra ela), assiste e adora Two and Half Men, tem milhões de expressões bem a cara dela.

por este blog não ter aviso de teor, tenho que me abster da maioria das expressões, mas uma em especial bateu na minha testa ontem.

aos que não sabem, eu sou adepta da teoria da coxinha, idealizada pelo meu irmão. a teoria é a seguinte: quando sair para comer, pondere bem para onde vai. o que a turma decidiu, é mais gostoso que uma coxinha? é mais barato que uma coxinha? satisfaz como uma coxinha?

faço uso da teoria quando as mais variadas turmas fatalmente me chamam pra sair e comer sushi. desculpa, mas não consigo olhar pr'aquele arroz mal-lavado, com uma tira de fita-isolante ao redor e ficar com água na boca... e olha que eu já tentei, experimentei algumas vezes, mas eu sempre passava mal.

apesar da Lúcia gostar de me anunciar como detentora de "paladar infantil", refuto a classificação. o que eu tenho é intolerância a certas texturas (não, não é frescura). por isso odeio (e o ódio é recíproco) coco (com cocô não tenho grandes traumas)!!! deteeeeeeesto com todas as minhas forças murici e esses sucos com carocinhos. gosto de castanha, mas não tomo picolé de castanha, só de pensar sobe um arrepio de gastura...

tudo isso é pra dizer que ontem, não sei porque, não sei como, e não sei nem onde direito (não, eu não estava drogada), comi sushi. e, é com grande vergonha, que admito que gostei. não vergonha do sushi em si, mas vergonha de, por muito tempo, ter certeza de que eu não gostava e não haveria nada que poderia mudar isso. a vergonha foi por perceber que até as certezas mais absolutas são vãs, e que são, como tudo, suscetíveis a mudanças.

por isso, depois de, por muito tempo, ter chamado sushi de sujinho, ter entrado na comunidade "sushi é modinha e eu odeio", ter criticado os meus amigos sushi-addicteds (né, Dadys?), eu me rendo. e recebo, de braços abertos, a máxima perfeita da minha avó: "minha filha, não há nada mais certo nessa vida: boca falou, cu pagou!!"

não sei como acho essas coisas...

perfil de ******, num orkut perto de você:

eu sor uma menina ou uma adolesente pois pessa que na vida nada car do céu mais que tenho que lunta ñ mudar de atitude nei pesonaride pois ñ vai ****** divetida ñ eu quero se eu memar sempre que adora um telfone ama estuda que escuta musicas adora ficar msn e seu orkut pois saibar valoriza as pequenas coisas da vida aproveta melhoreis mometos sabem a vida ñ um pak divenção pois e um obijetivo que temois cada um sua missão ou ama vc memar pois sabem ser valoriza!


Champollion, você está sendo solicitado na secretaria!!

9 de março de 2008

Sorte de hoje: O coração é mais sábio do que a razão.

será? ~.^

6 de março de 2008

aos meus queridos amigos

não, não é pela minissérie (ótima, diga-se de passagem) que escrevo. é pelo que há tempos quero dizer e não sei se consigo transmitir apenas com o olhar ou com o sorriso que eles sempre me arrancam, mesmo quando me sinto imprópria (4 de março).

há os que talvez não saibam da minha relação com beijos e abraços. o abraço é algo pseudo-intimo; pode dizer tudo e pode dizer nada, dependendo da intenção de cada lado. eu sou sempre estranha em abraços com quem não tenho esta relação de intimidade. e fatalmente saem aqueles beijinhos 'mãe-de-santo' que o povo só encosta (e às vezes nem isso) o rosto no das pessoas.

sobre beijos no rosto, sou ainda mais seletiva. beijo no rosto é o próprio carinho. beijo no rosto é o coração puro, despido de qualquer pudor ou sentimento menor que o impeça de se expressar. beijo no rosto é algo grande, e que não pode e nem deve ser banalizado.

e cada amigo, vulgo aqueles que me viram com a maquiagem escorrendo, me sentindo a última dos mortais; aqueles que já me viram passar mal de rir, por aí; aqueles que ouvem as minhas teorias tresloucadas e não ligam pro hospício; aqueles pra quem eu ligo pedindo colo; aqueles cujo contato hoje é praticamente pela internet, mas isso não faz com que o momento seja menor; aqueles que sabem, de olhar pra mim, o que se passa no meu íntimo; aqueles que me seqüestram, quando eu mais preciso (ou não); aqueles que fazem a vida ser leve; aqueles que valem a pena, mesmo com todos os defeitos do mundo (é o tempero!); aqueles que contam histórias tipo 'meu passado me condena' e não estão nem aí; aqueles que vão ao cinema só pra rir, mesmo quando o filme não é de comédia; aqueles que dividem vícios inúteis e adoram; aqueles que escrevem sempre; aqueles que não escrevem nunca, mas eu sei que estão ali; aqueles escandalosos, que se jogam quando a gente se encontra; aqueles que contam as moedas comigo; aqueles cujo tratamento carinhoso são palavrões e adoooooro; enfim: aqueles que são, simplesmente são.

a todos esses e aqueles que fatalmente não se sentirão contemplados, mas estão aí e no meu coração, sintam-se num abraço apertado e com um beijo estalado no rosto. (me sinto uma viadinha nessas horas)

e não esqueçam nunca: EU AMO VOCÊS!
Sorte de hoje: Você viajará para muito longe.

olhaí as coisas melhorando, orkut!!

4 de março de 2008

perdôe, passe amanhã

é verdade. hoje estou imprópria. imprópria para o convívio humano, imprópria até para mim mesma. por isso, hoje vou sair de mim. vou para uma ilha distante, para ver se consigo me ver com os olhos huxleyanos. não estou triste, ou com raiva, ou nada do gênero. só estou cansada. cansada do de sempre. cansada do que não pode ser. cansada, intransitivamente.

3 de março de 2008

Sorte de hoje: Seu maior sonho vai se realizar.

tudo bem, orkut, agora eu só tenho que descobrir o maior de todos os meus sonhos para saber qual vai se realizar... só não queria que você levasse ao pé-da-letra e realizasse meu sonho recorrente. se bem, né, que agora é tarde... :/

2 de março de 2008

valore$

quem pode transformar em cifras tudo o que vive? quanto vale encontrar um amigo e conversar horas? quanto vale sair de casa sem destino e voltar com um sorriso no rosto? quanto vale sofrer, mas se achar finalmente livre? quanto vale sair com o povo munganguento e se passar? quanto vale um abraço bem dado? quanto vale acabar uma dúvida? quanto vale uma fitinha nova, com 3 pedidos extras? quanto vale saber o seu próprio valor?

não sei, mas tá aqui o cheque, em branco e assinado.

29 de fevereiro de 2008

como água para chocolate

adoro livros mexicanos. me identifico sempre com o fantástico, o exagero e o surreal. eu já tinha visto o filme, e me marcou muito.

não consegui parar de ler, e não consegui parar de me ver na protagonista. sim, eu sou Tita. eu sou seus sentimentos, suas auto-censuras, suas vontades, seus amores, suas raivas, seus sonhos... às vezes estúpida Tita, às vezes verdadeira Tita, às vezes surtada Tita.

e hoje, mais do que qualquer dia do mundo, me sinto como água para chocolate. por mais que eu tivesse visto o filme também, o título é tão sonoro e tão poético, que eu nunca me lembrava ao certo o que queria dizer, apenas repetia mentalmente, fascinada.

uma das receitas do livro leva chocolate. e ela explica que o sabor do chocolate se deve à água com que se esquenta. a água tem que estar numa temperatura tal, depois ser requentada, depois estar na medida exata, depois ser reutilizada. tudo isso para que o chocolate não desande, não perca o sabor que deva ter, não fique áspero.

eu sou/estou esta água. tento, a todo custo, estar no ponto exato quando necessário, mas eu não agüento mais esse esforço por esse chocolate. dá tanto trabalho, que às vezes não vale a pena. e o pior é que, sinceramente, eu nem sei se esse chocolate vai ser consumido algum dia...
"Olha lá quem acha que perder
É ser menor na vida
Olha lá quem sempre quer vitória
E perde a glória de chorar"

Marcelo Camelo

27 de fevereiro de 2008

síndrome de estocolmo

se deixar seqüestrar diariamente é uma arte.
numa conversa de bar, ouvi um professor doutor dizer o seguinte:

"o bom da vida é o que não controlamos! isso não quer dizer que devamos nos entregar a porralouquice (ou seria porraloucura?) simplesmente; devemos, todos os dias, nos preparar para o arrebatamento do extraordinário. viver uma rotina, muitas vezes, também é extraordinário. não sou hedonista, sou sincero. sou tudo o que li, tudo o que vi e tudo o que vivi até este exato segundo. não podem dizer que não me preparei pra viver o que vivo agora, mas também não podem esperar que eu sempre decida ou reaja de uma maneira comedida; por mais que eu esteja preparado, simulações não chegam perto do real." (doutor apud raquel, livremente adaptado)

essa conversa mexeu comigo. desde então, tento não racionalizar tanto as coisas. por isso, quando os amigos chamam, eu sempre vou. são os "seqüestros relâmpagos em terra que não chove". conheço meus captores, até já conheço os cativeiros, mas destas noites não prevejo mais nada, além das fatais gargalhadas.

agora saio sempre preparada. sexta passada não era pra eu ser abduzida, mas algo no meu íntimo dizia que eu me preparasse. a equipe de baitolinhas aumentou, foi morto de animado. o problema foi: me deixaram ao lado do palco, e o vocalista da banda era esquizofrênico-performático, e eu não conseguia nem olhar pra ele sem querer cair na gargalhada! o problema é que eu fico com remorso... então eu fiquei com uma cara estranha, querendo rir sem poder, de costas pra banda, quase uma lagartixa virada pra parede, e os baitolas que estavam comigo se acabando de rir da minha cara! enfim; tudo melhorou quando mudamos de mesa, apesar de ter tocado November Rain... impossível eu não pedir uma cerveja. aos que não me conhecem, há milênios não bebo. aos que me conhecem, foi necessário!

Sometimes I need some time...on my own
Sometimes I need some time...all alone
Everybody needs some time...on their own
Don't you know you need some time...all alone

e os seqüestros não acontecem em grupo apenas. às vezes eu me seqüestro de mim mesma, da rotina a que eu passaria. terça-feira me deixei andar, até que cheguei a um sebo que gosto muito. passei horas olhando, olhando, até que este livro gritou pra que eu o comprasse: "como água para chocolate" - Laura Esquivel. eu quis argumentar que não tinha tempo para lê-lo agora, e mesmo se tivesse, tinha uma penca de livros para ler antes, mas nada surtiu o menor efeito. ficou aquela voz na minha cabeça dizendo que, se eu tinha ido até ali, tinha olhado incontáveis livros e tinha achado esse, não cabia a mim negar a decisão do próprio livro de ser meu.

resignei-me, como boa escrava-mental de mim mesma. ganhei, pela audácia de ter duvidado, uma crise alérgica. mas não tem nada não: vale a pena.

25 de fevereiro de 2008

"música é vida interior.
e quem tem vida interior nunca está sozinho."

Rubem Alves

21 de fevereiro de 2008

notícias :o

eu ia dormir. juro! não dá pra ver o eclipse da minha janela, começou o Jack Balde, é hora de dar tchau... mas antes, resolvi dividir com vocês uma das comunidades que mais me faz rir, neste imenso e hilário orkut de deuso: anão vestido de palhaço mata 8

acessem, e verão as notícias mais estapafúrdias, onde as manchetes às vezes valem mais do que o que aconteceu... vale a pena gastar um tempinho por lá!

medalha de bronze

Pândego deglute chave para continuar em festa
Um estudante britânico comeu a chave de sua casa para evitar que seus amigos o levassem para casa por estar bêbado, segundo relatos de vários diários britânicos.

"Bebi um pouco demais essa noite", conta o estudante, Chris Foster, de 18 anos, ao Basingstoke Gazette. "Meus amigos me disseram que tinha que parar e voltar para casa, mas eu queria seguir em festa, então traguei a chave de uma vez, como um pândego".

Dormiu como um justo na casa de um amigo, e como ao acordar não lembrava-se nada, começou a procurar pelo molho de chaves.

"Pensava que meus amigos estavam fazendo uma chacota quando disseram que eu havia deglutido a chave", declarou Chris Foster ao Daily Mail.

Quando este estudante de Informática da Universidade de Bournemouth começou a sentir dores de estômago e garganta foi ao hospital, e logo teve a surpresa de ver uma chave de 5 centímetros de largura na radiografia de seu estômago.

"Podia se ver tão claramente na radiografía que zombei de mim mesmo", acrescentou Foster.

Os médicos aconselharam-o a deixar a natureza seguir seu curso, e a chave voltou à liberdade depois de 31 horas.

"No momento não senti nada, mas agora minha garganta dói e me incomoda beber", completou.

http://es.noticias.yahoo.com/afp/20080207/tod-gb-salud-curiosa-43e76bb_1.html

: )


medalha de prata

Atrás de sexo, mulher liga 700 vezes para 911
Mulher liga 700 vezes para bombeiros em busca de sexo

Uma mulher polonesa, que reclama de longa abstinência sexual, pode ser condenada à prisão após fazer 700 ligações para serviços de emergência, quartel do exército e conselho da cidade solicitando um homem para que pudesse ter finalmente relações sexuais.

Segundo o jornal The Sun, Hanna Wozniak, 42 anos, da cidade de Koszalin, pode ficar presa até um ano. Quando a polícia rastreou suas inúmeras ligações feitas a partir de sua casa, ela explicou: "Eu estava desesperada por sexo. Faz muito tempo desde que tive alguém em minha cama".

A polícia da cidade informou que ela está sendo indiciada por desperdiçar o tempo dos serviços de emergência e fazer ameaças pelo telefone dizendo a telefonistas que ela começaria um incêndio se isso significasse que teria um bombeiro "forte" por perto para ter sexo depois.

"Este tipo de comportamento é extremamente irresponsável", disse um porta-voz da polícia.

http://noticias.terra.com.br/popular/interna/0,,OI2422530-EI1141,00.html

huahuahuahauhuahauhauhauhauhauhauauhauhauuah


medalha de ouro


Mulher é condenada por arrancar testículo de ex na Inglaterra
Londres (Inglaterra) - Uma britânica que arrancou os testículos do ex-namorado com as mãos foi condenada a 2 anos e meio de prisão. Amanda Monti, 24 anos, se enfureceu quando Geoffrey Jones, 37 anos, a rejeitou no final de uma festa. Segundo depoimento na Corte Real de Liverpool, ela retirou o seu testículo esquerdo e tentou engoli-lo, antes de cuspir fora. Um amigo de Jones o devolveu dizendo: "isto é seu". Os médicos não conseguiram reimplantar o órgão, segundo a BBC.

Amanda Monti admitiu que causou os ferimentos e pediu desculpas em uma carta dirigida à corte. Ao ler a sentença, o juiz Charles James disse que ela causou um ferimento muito sério e não agiu em defesa própria.

Jones terminou o longo relacionamento com Amanda antes do fim de maio de 2006. Os dois continuaram se falando até 30 de maio, quando se encontraram em festa em casa de amigos do homem em Crosby. Os dois começaram a discutir e seguiu-se uma briga física. No seu depoimento, Jones disse que a mulher agarrou seus genitais e os "puxou com força"

fonte:
http://odia.terra.com.br/mundo/htm/geral_118599.asp

uuuuuuuuuuuuuuuuui!

eclipse

eclipse, hoje! lua-cheia!
sinal de quê?
~.^

chuuuuuta que é macumba!

tô me sentindo a própria galinha preta, na encruzilhada...

tenho quatro caminhos possíveis, antes de ser chutada pra roubarem a cachaça e a paçoca: posso escolher os lados para ir... a dúvida agora é: direita ou esquerda! praia ou sertão?

eu posso ir pra frente, para o norte, para a trilha de tijolos amarelos, mas não há lugar como o nosso lar, não é, totó? quem eu seria nesta saga? a que quer coragem, inteligência ou um coração?..

ou será que eu posso ser uma pleonástica galinha cobarde (com B, mesmo!), e pegar a estrada de volta para onde estava?

essa vida de oferenda não é nada fácil! especialmente porque há muitos capetinhas e anjinhos tentando me abrir os olhos, mas eu, estúpida como só as galinhas lispectorianas são, só me mexo quando há uma força exterior, uma ameaça a esta estática vida...

a única vantagem de ser galinha preta são as meias style. putz! agora percebi tudo! resolvi que a trilha tem que ser a da frente! rumo ao mágico de Oz, sim! mas não pra ser o leão, o espantalho ou o homem-de-lata... quero ser a bruxa do leste, mesmo! com direito a sapatinho vermelho e casa na cabeça!

19 de fevereiro de 2008

sábados perfeitos

ou o encontro da Fada-Barata com a Vanessão do Tamanco!

***

essa primeira história aconteceu numa galáxia muito, muito distante. quatro personagens a habitam: baitola-mor (BM), lôra-baitola (LB), ruiva-baitola (RB) e moreno (M - o único que não é baitola, mas simpatiza a putaria).

o que acontece no México, fica no México, mas... como eu não sou nem baú, passo o babado pra frente, e quem sabe, sabe!

BM, destruída, estava na correria para conciliar vida, sono, estudos, heroes e afins, quando é assaltada por uma intimação de RB. RB garantiu que voltariam cedo, pois BM tinha aula no outro dia. BM, pobre coitada, crédula e ingênua, caiu na lábia de RB e se aventurou nas topics da vida para se encontrar com os dois outros personagens.

chegando em AHHH, os quatro baitolinhas começam a conversar. os minutos se transformaram em horas. M tinha que resolver umas coisas em AHHH e não podíamos ir embora, mesmo com as três baitolinhas pegando piaba com a boca de sono! LB era a própria metaleira, enquanto BM e RB conversavam loucamente.

eis que não mais que de repente, a cerveja que LB havia tomado se misturou ao sono das cunhãs e uma embriaguez violenta as assaltou. bêbadas, as piores revelações, aquelas que nem sob tortura se deveriam sair do mundo dos segredos, foram feitas...

uma, quando criança, era tão apaixonada pelo Ritchie (intérprete de Menina Veneno) que aceitava ser qualquer coisa dele. ruborizada, admitiu que queria ser sua empregada doméstica.

a outra, pra derrubar a revelação da pobre baitolinha, diz que era apaixonada pelo Marcelo Augusto (ostracismo-boy, hoje trabalha com o Didi), e que o irmão a atormentava, dizendo que ia quebrar o LP que ela tinha dele (é o novo!).

a outra contou peripécias de infância, como o dia em que a avó lhe mandou sentar no troninho e ela, obediente, ficou lá reinando a tarde inteira. quando voltou pra casa, a mãe foi dar banho e viu aquela rodela vermelha na bunda da menina! peloamorde! pense no carão!

e, finalmente, a saga da fada-barata. uma das baitolinhas dormiu soterrada em livros, exausta, na véspera de uma prova. acordou atoleimada, no meio da madrugada. o único pensamento era: tenho que tomar banho pra fazer a prova! enrolou-se na toalha, pegou os truçui (shampoo, sabonete e afins) e foi pro banheiro. quando abriu a porta, olhando-a com desafio estava a barata. ela levanta vôo, e vai direto para a nossa baitolinha, que receia matá-la por saber que aquela barata não era uma barata comum; era uma fada-barata. perdida em divagações, não conseguiu evitar que a barata caísse no seu decote. a baitolinha era a própria gastura, enquanto a fada-barata brincava de globo da morte entre seus seios (imagina as perninhas! eeeeeeeeeeca!)... não suportando mais, a baitolinha dá um murro no peito para acabar o sofrimento. e acorda sem ar, com a irmã assustada olhando pra ela.

pessoas loucas, essas que se embebedam de sono.

p.s. será que a barata de GH também era fada, Clarice?

***
do último sábado só posso dizer que cada vez me apaixono mais pelo Petrellão, e que não há nada mais comédia do que leituras poéticas da comunidade Duelo das Beeshas!!!

Juninho, você não passa de um fósforo riscado e jogado ao chão!

Lenina, sua poc-poc, você é uma pipoca queimada e jogada no trilho do trem!

e tenho dito!!
.praça.
.futuro.
.sorvete.
.sorrisos.
.abraços.
.lágrimas.
.passado.
.lua cheia.
.vila união.
.possibilidades.

.sinais.

: /

está chovendo. de novo.
e eu que pensei que ia passar um bom tempo sem chover...

16 de fevereiro de 2008

sabe quando você...

sabe quando você
chega em casa, cansada, mas ciente de que viveu tudo o que tinha que viver naquele dia?

sabe quando você
tem a rara sensação de estar no lugar certo na hora certa?

sabe quando você
precisa de puxões de orelha pra te tirar do devaneio?

sabe quando você,
depois dos puxões de orelha, precisa voltar pro devaneio?

sabe quando você
sente que algo muito bom está para acontecer na vida dos seus amigos, mas não é o momento de você passar por aquilo também?

sabe quando você
quer se resolver para viver tudo o que tem que viver?

sabe quando você
acha que querer se resolver é protelar?

sabe quando você
acha que não se resolver é não ser você?

sabe quando você
quer acordar no dia seguinte com tudo resolvido?

sabe quando você
sabe que, se acordar com tudo resolvido, não vai aprender com aquele erro e vai passar por aquilo de novo?

sabe quando você
acha que se conhece, mas tem o prazer de saber que há um universo dentro de si?

sabe quando você
precisa dormir, mas a sua mente não permite?

sabe quando você
quer se agarrar a algo, e descobre que este algo é você mesma?

sabe quando você
lembra que amanhã é outro dia?

sabe quando você
só quer sair e dançar?

sabe quando você
lembra que tem acordar em poucas horas, porque o mundo te espera?

o mundo que me espere...

14 de fevereiro de 2008

looking for

Sorte de hoje: Pare de procurar eternamente; a felicidade está bem ao seu lado.

ô orkut, qual dos lados? putz, nem pra fazer o serviço completo!! São Longuinho, São Longuinho...

1 de fevereiro de 2008

just being a little idle!



THE IMPORTANCE OF BEING IDLE
Noel Gallagher

I sold my soul for the second time
Cos the man don't pay me
I begged my landlord for some more time
He said “Son the bills are waiting”
My best friend called me the other night
He said “Man, are you crazy?”
My girlfriend told me to get a life
She said “Boy, you lazy”

But I don’t mind
As long as there’s a bed beneath the stars that shine
I’ll be fine, if you give me a minute
A man's got a limit
I can't get a life if my heart's not in it

But I don’t mind
As long as there’s a bed beneath the stars that shine
I’ll be fine, if you give me a minute
A man's got a limit
I can't get a life if my heart's not in it

I lost my faith in the summer time
Cos it don’t stop raining
The sky all day is as black as night
But I'm not complaining
I begged my doctor for one more line
He said “Son, words fail me
It ain’t your place to be killing time"
I guess I’m just lazy

But I don’t mind
As long as there’s a bed beneath the stars that shine
I’ll be fine, if you give me a minute
A man's got a limit
I can't get a life if my heart's not in it

27 de janeiro de 2008

♪ ouvindo sem parar! ♪

LOVE YOU
The Free Design

...

Give a little time for the child within you,
don't be afraid to be young and free.
Undo the locks and throw away the keys
and take off your shoes and socks, and run you.
La, la, la...

Give a little time for the child within you,
don't be afraid to be young and free.
Undo the locks and throw away the keys
and take off your shoes and socks, and run you.
La, la, la...

Run through the meadow and scare up the milking cows
Run down the beach kicking clouds of sand
Walk a windy weather day, feel your face blow away
Stop and listen: Love you.

Roll like a circus clown, put away your circus frown
Ride on a roller coaster upside down
Waltzing Matilda, Carey loves a kinkatchoo
Joey catch a kangaroo, hug you.

Dandylion, milkweed, silky on a sunny sky
Reach out and hitch a ride and float on by
Balloons down below catching colors of the rainbow
red, blue and yellow-green: I love you.

Bicycles, tricycles, ice cream candy
Lollypops, popsicles, licorice sticks
Solomon Grundy, Raggedy Andy
Tweedledum and Tweedledee, home free.

Cowboys and Indians, puppydogs and sandpails
Beachballs and baseballs and basketballs, too.
I love forget-me-nots, fluffernutters, sugarpops
I'll hug you and kiss you and love you
La, la, la... Love you.

...

25 de janeiro de 2008

susto

a situação: eu, no shopping Benfica, com a Ingrid, o Johnny e o Cândido. o telefone toca. era a baitola da Lisa. segue o diálogo:

- alô...
- tu já soube quem morreu?
(falou bem rápido, me engasguei no processo)
- é o quê?
- tu já soube quem morreu?
(nessa hora eu já tava com o dedo enfiado no ouvido até quase o pulso, pra escutar melhor, tremendo na cadeira, meus amigos me olhando assustados, apreensivos)
- QUEM MORREU?
- tu tá sentada?
- fala logo, baitola! quer me matar do coração?
- mulher, acho que foi suicídio!
(nessa hora eu já tinha visto em flashback as fotos 3x4 de todos os nossos amigos em comum, pensando com dor em cada um deles, e com medo de ouvir o resto)
- QUEM MORREU? DIZ LOGO!
(a Ingrid, coitada, quase caiu da cadeira. o telefone dela tocou na hora, mas a cena tava tão tensa na mesa, que ela disse coisa com coisa, participando da minha dor/curiosidade)
- o Heath Ledger...
- O QUÊ?
(foi o grito mais alto. alto de felicidade por não ter sido um dos amigos. felicidade sombreada pela morte de alguém)

ai, que susto! só de me lembrar, o coração descompassa! e fiquei realmente triste por ele ter morrido... tão talentoso, tão lindo, tão solto na buraqueira... automaticamente me lembrei do trailer do novo Batman, onde quem menos aparece é o protagonista, e quem rouba a cena é o Coringa, misto de Brandon Lee em O Corvo e o palhaço do O Grande Circo Místico do Chico Buarque...

"em toda canção
o palhaço é um charlatão
esparrama tanta gargalhada
da boca pra fora
dizem que seu coração pintado
toda tarde de domingo chora"





triste, triste. :(

24 de janeiro de 2008

:}ï{:

...
porque o coração das borboletas roxas
é um pouco maior
do que o das borboletas comuns
...

stranger than fiction


perfeito. absolutamente perfeito. adoro o Will Ferrel, ele é magnífico em tudo o que faz: SNL, The Producers, milhões de comédias, roteiros e afins. mas talvez nenhum personagem tenha me marcado tanto quanto o metódico e adepto ao TOC como lifestyle Harold Crick!

essa pessoa comum de nova york não tem vida social, basicamente vive em função do seu relógio de pulso, que começa a tentar lhe mostrar coisas novas, mas ele insiste em contar quantas vezes escova cada dente, todos os degraus que aparecerem pelo caminho que ele sabe de cor pelo número de passos. não se atrasa, não perde tempo com nada que não seja sua rotina, tem apenas um amigo, que trabalha com ele, mas que mal conhece, faz suas refeições sozinho e apenas (sobre)vive.

a modorra começa a se temperar com uma narração de seus atos, feita pela também maravilhosa Emma Thompson. quando ele já chega a pensar que está esquizofrênico, a narradora o sentencia: "Mal sabia ele da sua morte iminente!".

é sobre a luta sobre a sua morte, o seu modo de ver a vida, suas verdades e lutas que a trama se desenrola, com o supreendente Will Ferrel. não vou pôr mais nenhum spoiler, mas se o Will e Emma não lhe bastam, faço menção honrosa a Dustin Hoffman, impecável.

segue um dos momentos mais marcantes, onde fui de pausa em pausa no dvd, anotando para dividir com quem por aqui se aventure. um texto tão incrível que eu queria muito ter feito... ao menos os que me conhecem, o ouvirão com a minha voz...

"Harold mordeu o biscoito bávaro sentindo que, finalmente, tudo ficaria bem. Às vezes, quando nos perdemos no medo e no desconhecido, na rotina e na incompreensão, no desespero e na tragédia, podemos agradecer a Deus pelos biscoitos bávaros.

E, felizmente, quando acabarem os biscoitos, ainda teremos consolo em uma mão amiga na nossa pele, ou num gesto gentil e afetuoso, ou num apoio sutil, ou num abraço carinhoso, ou numa prova de conforto. Sem falar em macas de hospital, tampões de nariz, folheados não comidos, segredos sussurrados, Fender Stratocasters e talvez alguma obra de ficção.

Devemos lembrar que todas essas coisas: nuances, anomalias e detalhes que parecem superficiais na nossa vida estão aqui, na verdade, por uma causa mais nobre: elas estão aqui para salvar as nossas vidas.

Sei que a idéia soa estranha, mas também sei que é verdade."