27 de janeiro de 2008

♪ ouvindo sem parar! ♪

LOVE YOU
The Free Design

...

Give a little time for the child within you,
don't be afraid to be young and free.
Undo the locks and throw away the keys
and take off your shoes and socks, and run you.
La, la, la...

Give a little time for the child within you,
don't be afraid to be young and free.
Undo the locks and throw away the keys
and take off your shoes and socks, and run you.
La, la, la...

Run through the meadow and scare up the milking cows
Run down the beach kicking clouds of sand
Walk a windy weather day, feel your face blow away
Stop and listen: Love you.

Roll like a circus clown, put away your circus frown
Ride on a roller coaster upside down
Waltzing Matilda, Carey loves a kinkatchoo
Joey catch a kangaroo, hug you.

Dandylion, milkweed, silky on a sunny sky
Reach out and hitch a ride and float on by
Balloons down below catching colors of the rainbow
red, blue and yellow-green: I love you.

Bicycles, tricycles, ice cream candy
Lollypops, popsicles, licorice sticks
Solomon Grundy, Raggedy Andy
Tweedledum and Tweedledee, home free.

Cowboys and Indians, puppydogs and sandpails
Beachballs and baseballs and basketballs, too.
I love forget-me-nots, fluffernutters, sugarpops
I'll hug you and kiss you and love you
La, la, la... Love you.

...

25 de janeiro de 2008

susto

a situação: eu, no shopping Benfica, com a Ingrid, o Johnny e o Cândido. o telefone toca. era a baitola da Lisa. segue o diálogo:

- alô...
- tu já soube quem morreu?
(falou bem rápido, me engasguei no processo)
- é o quê?
- tu já soube quem morreu?
(nessa hora eu já tava com o dedo enfiado no ouvido até quase o pulso, pra escutar melhor, tremendo na cadeira, meus amigos me olhando assustados, apreensivos)
- QUEM MORREU?
- tu tá sentada?
- fala logo, baitola! quer me matar do coração?
- mulher, acho que foi suicídio!
(nessa hora eu já tinha visto em flashback as fotos 3x4 de todos os nossos amigos em comum, pensando com dor em cada um deles, e com medo de ouvir o resto)
- QUEM MORREU? DIZ LOGO!
(a Ingrid, coitada, quase caiu da cadeira. o telefone dela tocou na hora, mas a cena tava tão tensa na mesa, que ela disse coisa com coisa, participando da minha dor/curiosidade)
- o Heath Ledger...
- O QUÊ?
(foi o grito mais alto. alto de felicidade por não ter sido um dos amigos. felicidade sombreada pela morte de alguém)

ai, que susto! só de me lembrar, o coração descompassa! e fiquei realmente triste por ele ter morrido... tão talentoso, tão lindo, tão solto na buraqueira... automaticamente me lembrei do trailer do novo Batman, onde quem menos aparece é o protagonista, e quem rouba a cena é o Coringa, misto de Brandon Lee em O Corvo e o palhaço do O Grande Circo Místico do Chico Buarque...

"em toda canção
o palhaço é um charlatão
esparrama tanta gargalhada
da boca pra fora
dizem que seu coração pintado
toda tarde de domingo chora"





triste, triste. :(

24 de janeiro de 2008

:}ï{:

...
porque o coração das borboletas roxas
é um pouco maior
do que o das borboletas comuns
...

stranger than fiction


perfeito. absolutamente perfeito. adoro o Will Ferrel, ele é magnífico em tudo o que faz: SNL, The Producers, milhões de comédias, roteiros e afins. mas talvez nenhum personagem tenha me marcado tanto quanto o metódico e adepto ao TOC como lifestyle Harold Crick!

essa pessoa comum de nova york não tem vida social, basicamente vive em função do seu relógio de pulso, que começa a tentar lhe mostrar coisas novas, mas ele insiste em contar quantas vezes escova cada dente, todos os degraus que aparecerem pelo caminho que ele sabe de cor pelo número de passos. não se atrasa, não perde tempo com nada que não seja sua rotina, tem apenas um amigo, que trabalha com ele, mas que mal conhece, faz suas refeições sozinho e apenas (sobre)vive.

a modorra começa a se temperar com uma narração de seus atos, feita pela também maravilhosa Emma Thompson. quando ele já chega a pensar que está esquizofrênico, a narradora o sentencia: "Mal sabia ele da sua morte iminente!".

é sobre a luta sobre a sua morte, o seu modo de ver a vida, suas verdades e lutas que a trama se desenrola, com o supreendente Will Ferrel. não vou pôr mais nenhum spoiler, mas se o Will e Emma não lhe bastam, faço menção honrosa a Dustin Hoffman, impecável.

segue um dos momentos mais marcantes, onde fui de pausa em pausa no dvd, anotando para dividir com quem por aqui se aventure. um texto tão incrível que eu queria muito ter feito... ao menos os que me conhecem, o ouvirão com a minha voz...

"Harold mordeu o biscoito bávaro sentindo que, finalmente, tudo ficaria bem. Às vezes, quando nos perdemos no medo e no desconhecido, na rotina e na incompreensão, no desespero e na tragédia, podemos agradecer a Deus pelos biscoitos bávaros.

E, felizmente, quando acabarem os biscoitos, ainda teremos consolo em uma mão amiga na nossa pele, ou num gesto gentil e afetuoso, ou num apoio sutil, ou num abraço carinhoso, ou numa prova de conforto. Sem falar em macas de hospital, tampões de nariz, folheados não comidos, segredos sussurrados, Fender Stratocasters e talvez alguma obra de ficção.

Devemos lembrar que todas essas coisas: nuances, anomalias e detalhes que parecem superficiais na nossa vida estão aqui, na verdade, por uma causa mais nobre: elas estão aqui para salvar as nossas vidas.

Sei que a idéia soa estranha, mas também sei que é verdade."

20 de janeiro de 2008

a verdade.

um dia, numa aula especial, com pessoas mais que especiais, e um professor 'rei', a seguinte dádiva chegou e estacionou nos meus ouvidos:

"a verdade são 9 cegos apalpando um elefante."

putz! Wellington, tu acaba comigo. sempre penso nessa frase numa lombra fantástico mundo de bobby, e o elefante sempre está ruborizado, porque fatalmente tem um cego com a mão boba na verdade mais verdadeira dele...

enfim; às vezes nos deparamos com a verdade erguida, entre nós e a nossa vida. o que fazer? pulá-la? evitá-la? derrubá-la? não sei. é aí onde está o busílis, afinal. especialmente por haver tão poucas vezes onde posso me utilizar de tão sonora palavra, procuro busílis em vários momentos da minha vida.

mas uma coisa eu aprendi (eu acho!): eu preciso da minha verdade, e pra isso, preciso descobrir o que fazer com ela. sei que às vezes deixamos a verdade guardada numa gaveta qualquer, ou numa bolsa esquecida no pendurólogo do quarto... mas ela está lá, cozinhando a fogo lento por ter sido deixada de lado, e louca pra achar uma brecha e voltar a ser protagonista...

eu, coadjuvante covarde, espero que ela me seja dócil. geralmente não é, senão não seria a verdade. não aqueeeeela verdade, a que lhe empurra pra frente, a que lhe move, a que faz com que o seu sol nasça todos os dias... eis que a tresloucada da penélope nova entra no meu devaneio, no 'velocípe' do bobby, e diz, em conselhos para alguém poderia ser eu:

"vou te dizer uma coisa pra você nunca esquecer: a verdade é dura, por isso que ela é boa! e o que é duro é bom. é muito melhor uma dura verdade a uma dúvida meia-bomba!"

podicrê.

14 de janeiro de 2008

meu nome não é johnny

depois de Lisbela numa sessão de tarde, nada melhor do que apoiar o fim-de-semana de estréia do filme nos cinemas por estas bandas.

a overdose de café que alguns amigos tomaram no Santa Clara não se compara em euforia a que Selton Mello na veia me causa!

mesmo com o cabelo um grude, parecendo uma peruca velha e mal-colada, mesmo com tudo o que possa parecer, Selton Mello mexe com o imaginário popular (todas as minhas múltiplas personalidades concordam neste quesito: isso é que é homem, não é aquela lata de assar castanha que eu tenho lá em casa!)!

o filme? não vou entrar em detalhes pra não tirar a graça, mas vale a pena! ressalva para a cena em que João (Estrela) come feito um babuíno!

em tempo: importante salientar que as pernas dele não tinham sido mostradas em outros momentos! (se tinham, onde eu estava que não anotando mentalmente o nome dele na minha lista de ídolos para perseguir loucamente?) :p

valeu a pena. valeu a Elza cantando Meu Guri, e a inveja truando no meu peito, por não ter conseguido entrar no show, nem tampouco tê-la visto disfarçada de Wanessa Camargo. só me consolo um pouco por ter visto o Tom Cavalcante de Wainessa Camargo, antes de sair de casa!..

valeram as gargalhadas. valeu ter visto o Juin, a Berrrrde, o Jandaia, a Leitícia, a baitinga da Gretchen de Jaboras, o Marlen, a Kafa e o Johnny (não o do filme), que eu levei na mochila. Dadylla, Cândido, Fráva, Ingreds, Paulo Amando do Capeta, Alho e Juninho, vocês fizeram falta, seus tingas!

tem nada não; essa semana tá marcada a reunião lá no AA! e não se esqueçam do 1º mandamento: um dia de cada vez!

9 de janeiro de 2008

:(

triste. cansada. sorumbática. decepcionada. engasgada.

vida, pode passar, mas não me arrasta, tá?

4 de janeiro de 2008

a mão é mais rápida que o olho

essa semana eu tava assistindo um especial na tv sobre as lutas nos filmes. chamaram um personal de dublês pra falar da evolução das cenas, de Bruce Lee a Kill Bill.

ele disse uma coisa muito interessante: a luta, no cinema, é muito mais coreografia, dança, do que pancadaria. e que nos primórdios dos filmes, quando havia um murro, às vezes até era de verdade, como na era Van Damme, e quem assistia chegava a virar o rosto, antevendo a dor...

e hoje, especialmente na trilogia Matrix, o que chama a atenção é a beleza da cena. é lindo, mas é uma luta. não quer dizer que não doa, mas é bem melhor que um murro seco e definitivo. acho que depois dá até orgulho de ter podido fazer parte desta luta.

3 de janeiro de 2008

tudo que você não soube

saí hoje. pra resolver. várias vidas e várias coisas se entrecruzaram. é incrível como, quando a gente quer resolver, as coisas se organizam rápido.

às 16h eu não tinha nada pra fazer, cogitando entrar numa fila médio-escandalosa pra assistir Encantada, mas dublado nem pelo amor de Deus. já blasfemei recentemente, quando assisti à Búfala Dourada dublada. só valeu pela protagonista, Dakota Blue Something I don't Know, que devia ficar mascando fumo nos intervalos, já que nada justifica uns dentes pretos daqueles!!

enfim, voltando à minha tarde na modorra, resolvi desligar o botão do lógico, e entrei sem grandes expectativas na Livro Técnico. eis que, por trás de uma pilha de livros de mitologia, surge tudo que você não soube, da Fernanda Young.

não consegui parar de ler, mesmo com as indecências que me apareceram durante o trajeto. aos que não sabem, existe uma foto de procura-se (para me expulsar) em cada livraria de Fortaleza, já que quando eu começo, só saio delas tendo terminado o livro.

eu nunca tinha lido nada dela, só vi as séries que passaram na Globo, e nunca a vi na tv, porque aqui em casa a gambiarra é pobre, e só passa canal estranho. enfim, gostei muito do livro. não sei se porque eu sou completamente louca e estou passando por uma fase estranha, mas eu precisava de algo que me arrebatasse, sem grandes expectativas.

é bem estranho ler com naturalidade a história de uma mulher que tentou matar a mãe a marteladas, e como ela odeia a família por tudo o que fizeram a ela. esta mulher sem nome, que pode ser qualquer um de nós, se mostra inserida no andamento 'normal' do mundo, mas assume que apenas finge ser corriqueira, ser comum. dentro dela há outras vidas e outras experiências que, à primeira vista, são tão loucas que até se justificam por ficarem encerradas apenas nela. o mais duro é ver o ódio que ela tem do pai, então moribundo e motivo da feitura do tal 'relatório', onde ela quer mostrar a este pai a pessoa que ele a tornou, a pessoa que ele não conhece que está latente no corpo desta dona de casa de classe alta...

idéias como perdão, comum e moral estão sempre sendo jogadas. eu precisava ler um livro assim, só me arrependo de não ter tido cara-de-pau o suficiente para anotar várias passagens que me chamaram a atenção.

teria sido perfeito, se não tivessem entrado duas cutrucas na livraria. ah, baitolinhas! eu estava sentada à mesa, lendo, como uma mocinha de bem, quando as criaturas pegaram um livro e sentaram do meu lado. a cunhã mais perto sacou do bolso um saco de batatas Ruffles e começou acintosamente a comer, por cima do livro de interpretação de sonhos que tinha pego com a outra. aí começou o galinheiro:

- mulherzinha, olhaí o que significa sonhar com aliança, que eu tô com medo de acabar meu namoro!

- mulher, peraí que eu tenho que olhar antes aqui o que significa sonhar com velório...

peloamorde! eu tava pra dar uma pilôra! a baitinga ficava mastigando de boca aberta, e lá pelas tantas começou a chupar a chapa, sei lá, mas eu tava pra dar um murro na menina. aí a outra perguntou:

- Ei, o que é ser imprudente?

E eu disse:

- Ser imprudente é entrar numa livraria, pegar um livro qualquer, comer um quilo de batata frita em cima, não comprá-lo e irritar quem quer ler alguma coisa mastigando merda furiosamente!!

caramba, nunca me arrependi tanto! isso que eu disse foi na minha cabeça, lógico, mas eu devia ter dito pra elas!

e agora? não é nem dia 4 e eu já tenho um arrependimento na minha lista de ano-novo!!
p.s. sorte de hoje: O nosso primeiro e último amor é... o amor-próprio
voltou a chover. mas é pra lavar, eu sei.
tem um sol aparecendo por trás das nuvens.

2 de janeiro de 2008

escrevo para não esquecer.
esqueço quando quero escrever.
escrevo quando não posso escrever.
não esqueço o que preciso esquecer.
não.
quero.
escrevo.
esqueço.
não.
que falta faz o calor...
e que diferença ele faz quando chega!
só mesmo o fogo pra desobstruir um esôfago estreito...

chuva vem me dizer

eu disse que ia parar de chover. desde ontem, quando acordo, vejo que o clima tenta se adaptar à nova realidade. chove enquanto estou dormindo, enquanto não estou olhando, e a vida se adapta... eu gosto da chuva. ela limpa, ela leva, ela refresca, ela muda a cor do que olhamos, ela nos dá o que pensar...
a questão é: queremos pensar?

1 de janeiro de 2008

são tantos os planos e os desenganos que eu canto pra te encontrar com a paz e lembrar o que há de bom, recomeçar...

blog simples para um começo simples.

só pra deixar claro, desde o início, eu não gosto de letras maiúsculas. dificilmente as verão por aqui, a não ser quando for estritamente necessário.

pode ser absolutamente sintomático criar um blog no dia 1º de Janeiro, de um ano 1, e todos os clichês possíveis. mas quem disse que os clichês são dispensáveis? às vezes são eles que nos fazem ver como às vezes agimos completamente fora dos padrões. sem juízo de valor, claro. não entremos no campo de certo e errado, e simplesmente divaguemos sobre a nossa relação com o ordinário e o extraordinário.

2007 foi bom. foi mágico. é provável que eu não tenha mais anos assim. talvez seja por isso que quero começar este diferente do que sempre fiz. quero fazer coisas que sempre gostei de fazer (como escrever) e aliá-las às obrigações, que não posso negar.

tudo é novo. o rio não é o mesmo e eu também não. é sempre bom olhar para as mesmas coisas e perceber que todos os dias elas se modificam. sejam pessoas, sejam horizontes, seja você mesmo.

mas prepare-se: este é o ano em que eu decidi não deixar o absolutamente racional ditar meus passos. vai ser difícil, mas vai ser muito interessante, também. é provável que você não entenda o que eu queira dizer, mas não tem problema, eu também não entendo.

sou água, mas precisei do fogo para me estabilizar. e sinto que este fogo vai me acompanhar nesta estrada bissexta, neste universo que se abre... sem arrependimentos, sem planos elaborados, sem rancores ou ranços.

ontem, na praia, conversávamos sobre desejos para o ano, e uma das pessoas pediu "amigos verdadeiros". sei hoje que "amigos verdadeiros" é algo que não existe, é um pleonasmo. se são amigos, são verdadeiros. e os meus, sei todos. e são e estão para o que der e vier, tendo a certeza de que comigo acontece a mesma coisa.

minha previsão para o mês de janeiro:
É um momento para ficar só e pensar nas coisas para definir suas metas claramente.

sim, para os que ainda não sabem, acredito que não há coincidências. o que para alguns é pura idiotice e charlatanismo, para mim são sinais. sinais que me avisam o que está acontecendo ao meu redor. sempre lembramos de Albert Einstein, mas nos esquecemos do significado de uma das suas fórmulas mais conhecidas: energia é matéria!

seja bem vindo, 2008!