31 de março de 2008

fim do 1º ciclo

fiz questão de escrever ainda hoje pra que não achem que é um post irônico-sarcástico de 1º de abril. até porque eu procuro sempre dizer a verdade no April's Fool. é mais desconcertante, e as pessoas não acreditam, mesmo... mas isso daí é pauta pra outro post.

o importante aqui é salientar que há o fim de um ciclo com o fim deste mês. é quase meia-noite, mas entrevejo o sol nas nuvens. abril está chegando e iniciando um outro ciclo que só vai se encerrar em junho.

novos começos e novos fins se aproximam. e sabem o que é bom do novo, além do cheirinho? as possibilidades. o novo vem sem a carga pesada das expectativas, e quando vemos, tudo já mudou. tô terminando de arrumar a casa, pro novo chegar e se aboletar.

e se o velho não quer sair, diga sim à reciclagem! :)
chova o que chover, eu "guardachuvo-te".
by Aniversariante que dá Presentes


obrigada, beibe, mas é hora de me jogar na chuva. aos muitos e coloridos guarda-chuvas que estão aqui para o que der e vier, agradeço e os tranqüilizo; a minha tempestade é inevitável e necessária.

it's raining. inside of me.

sabe quando tudo o que você quer é achar um canto escuro para sentar, chorar, chorar, até a tempestade que se instaurou dentro de si, à sua revelia, simplesmente escorra livremente? transborde, arrebente diques, quebre pontes que você construiu tão cuidadosamente mas que hoje são inúteis, pois não levam a lugar nenhum?

durante boa parte do meu tempo, levo o humor acima de tudo, mas o humor é um poder usado para os humanos. nada pode fazer contra a força da natureza. esta natureza louca, que nos arrasta, que nos lembra todo o tempo de que somos nômades, apesar da carcaça urbano-sedentária.

não adianta mais lutar pra me segurar. é hora de deixar a correnteza levar... até porque não acredito que se permitir seja pior do que ficar na corda-bamba, vivendo no medo e na dúvida.

estou trovejando. só espero que os meus raios destruam o que deva e mereça ser destruído. se é pra chover, que seja torrencial.

adeus, minhas frágeis bocas-de-lobo.

eternal sunshine of the spotless mind

:(
feeling like joel, being erased by clementine.

29 de março de 2008

sonhos

uma amiga tinha um sonho. queria resolver várias pendências da vida antes de dar um passo importante, que sabia que de lá não teria volta. esta amiga resolveu usar o pouco tempo que restava fora as obrigações rotineiras para juntar as amigas, e se despedir.

sabe o que me enche o coração? ela me convidou pra participar deste sonho. talvez isso seja ainda mais legal do que ter sonhos: saber que alguém quer que você faça parte dos dela.

amiga, neste longo e tortuoso caminho entre o sonho e a realização não devemos nos desesperar. é da índole dos sonhos quererem se manter na esfera do onírico, do mágico, do irreal. é com muita força que o trazemos para a terra, mas vale a pena. e nem tudo é pra ser; às vezes o papel do sonho é simplesmente ser sonho.

e alguns sonhos existem para nos levar a outros. e estes outros, estes que nem imaginamos, são os que geralmente se realizam. e sem a carga pesada das expectativas, estes são os sonhos mais doces e felizes.

estamos aqui. acreditamos no sonho. não vamos te deixar. mas deixe a gente sonhar junto, deixe este outro sonho se concretizar!

sim, eu sou cobarde!!

Sorte de hoje: Você passará em uma prova de fogo que o tornará mais feliz.

medo, viu? eu sempre me queimo nessas provas de fogo, e faço xixi na cama... será que significa que vou desenvolver práticas SM? :O

25 de março de 2008

across the universe


eu não tenho culpa, meu povo. acho que descobri meu papel no mundo... receber as coisas e repassar pros amigos!

aspirante a beatle-maníaca (sei que pra ser maníaca por eles como alguns são, eu precisaria nascer de novo e nem assim talvez merecesse partilhar a denominação!), recebi das mãos de uma anjo este filme.

diferente do Suíno Toddy (perdão Tim Burton e Johnny Depp, mas não deu!), que eu fiquei no cinema revirando os olhos e pedindo: "senhor, me arrebate agora, se for pra sibite baleado (filha do Suíno) cantar de novo!", Across the Universe me arrebatou sem eu precisar suplicar.

com um roteiro relativamente simples, uniram os protagonistas de algumas canções do quarteto (Jude, Lucy, Prudence, Sadie, Max, Jo-Jo, Dr. Robert) a algumas canções emblemáticas. desenvolvido no fim da década de 60, expuseram a guerra do Vietnã, a chegada dos hippies e a luta contra a estupidez dos líderes de Estado.

lindo. tocante. ousado. fotografia perfeita. se chorei? sempre. tanto que tinha que parar o filme pra me entregar ao êxtase da cena. foi, como diz o Tutunho, quase uma experiência estética.

meu top 5:

5. I've just seen a face
4. while my guitar gently weeps
3. strawberry fields
2. let it be
1. all we need is love

o filme vem pra Fortaleza no mês que vem. amigos, estou disponível para assistir todas as sessões, se me aceitarem!!

North Shopping - 8 e 15 de abril, às 20h30
Iguatemi - 18 de abril, às 21h30
Iguatemi - 19 de abril, às 10h45
Iguatemi - 21 a 24 de abril, às 19h30

bó? :)

Across the Universe. EUA, 2007. diretora: Julie Taylor. roteiro: Dick Clement e Ian La Fresnais, baseado em estória de Julie Taymor, Dick Clement e Ian La Fresnais. elenco: Ewan Rachel Wood (Lucy), Jim Sturgees (Jude), Joe Anderson (Max Carrigan), Dana Fuchs (Sadie), Martin Luther McCoy (Jo Jo) e Salma Hayek (Enfermeira cantora). produção: Matthew Gross, Jennifer Todd e Suzanne Todd. 131 minutos. Sony/Columbia. 10 anos.

alive!

sim, a despeito do que eu mesma cogitei durante um tempo, estou aqui. por esta frase já se vê que será um post filosófico/reflexivo. desculpem-me os que não têm saco para eles, mas eu também sou isto aqui: os bons e os maus momentos... sem juízo de valor, nem classifico este post como um mau momento, mas simplesmente um relato.

há dois meses escrevi, diária e sofregamente 96 páginas de um caderninho cuja capa estampava (de fábrica) a palavra RESPEITO. foi realmente uma experiência, e das mais engrandecedoras! todos os anos, em dezembro, eu paquerava agendas, que, com entusiasmo febril, escrevia 2 páginas e ela já deixava de ser novidade e ficava jogada num canto qualquer...

com este caderno me propus a me acompanhar neste processo. coloquei tudo pra fora, me expus. havia uma fragilidade palpável entre eu me entregar às páginas e o medo de que alguém pudesse me ver daquela forma, como ninguém nunca viu e que provavelmente ninguém verá.

é incrível que, mesmo quando a gente acha que estagnou, e que o tempo se arrastava, aos poucos eu me via uma pessoa diferente. escrever diária e especificamente sobre o que se sente, e não sobre tresloucamentos que só dizem de nós o que queremos que digam, nos faz perceber como reagimos a uma crise, e como somos mais fortes do que sempre pensamos.

foram 2 meses escrevendo. e estou aqui, inteira, apesar de ter duvidado algumas vezes de isso ser possível. e devo isso a muitos fatores, a muitos grandes atos e a muitos pequenos também!

aos amigos, aos seqüestros, às luas, às conversas, às risadas, aos ouvidos, às segundas do bem, aos que moram longe mas estão dentro do coração, à oportunidade de desabafar para quem merecia ouvir, aos filmes que me abriram a mente, aos livros que me alimentaram, à musica, amiga de todas as horas, muito obrigada!

e agora? o papel do caderno foi cumprido. eu não podia mais me esconder nele, achar que não estava pronta ou algo do gênero. a hora é de mudanças, e sei disso há tempos... e a ajuda deste diário ia se tornar uma dependência caso eu não me desfizesse dele.

durante muito tempo, me vi queimando estas páginas. mas ontem, quando reli tudo, vi que o fogo seria falso; seria como se eu meramente apagasse e destruísse tudo aquilo. resolvi que o sentimento encerrado nestas páginas merecia ser decomposto, passar por um processo lento antes de desaparecer... assim como o que sobrou em mim destes dias tem que se acomodar na pessoa que sou hoje. por isso, rasguei página por página ouvindo beatles, chorando o que eu já devia ter chorado há muito tempo, e levei estas "cinzas" para jogar no mais simbólico dos mares...

life is very short and there's no time
for fussing and fighting, my friend

p.s. Isabel, muito obrigada pelo apoio sempre. a idéia do caderno foi sua, e eu nunca vou poder agradecer o suficiente!

21 de março de 2008

santa sorumbatia

tenho milhões de coisas a escrever; bons filmes, bons livros, mas hoje não estou tão bem. deve ser a explosiva mistura de liseira + marasmo, que nos puxa para baixo, tal a gravidade. enquanto a normal não me puxa pelos cabelos para cima, vou cantando e me encantando com o eternamente novo que the beatles representa.

o mais novo eu:

she's leaving home
(John Lennon, Paul McCartney)

Wednesday morning at five o'clock as the day begins
Silently closing her bedroom door
Leaving the note that she hoped would say more
She goes downstairs to the kitchen clutching her hankerchief
Quietly turning the backdoor key
Stepping outside she is free

She (We gave her most of our lives)
Is leaving (Sacrificed most of our lives)
Home (We gave her everything money could buy)
She's leaving home after living alone
For so many years
Bye bye

Father snores as his wife gets into her dressing gown
Picks up the letter that's lying there
Standing alone at the top of the stairs
She breaks down and cries to her husband
Daddy our baby's gone
Why would she treat us so thoughtlessly?
How could she do this to me?

She (We never though of ourselves)
Is leaving (Never a thought for ourselves)
Home (We struggled hard all our lives to get by)
She's leaving home after living alone
For so many years
Bye bye

Friday morning at nine o'clock she is far away
Waiting to keep the appointment she made
Meeting a man from the motor trade

She (What did we do that was wrong)
Is having (We didn't know it was wrong)
Fun (Fun is the one thing that money can't buy)
Something inside that was always denied
For so many years
Bye bye

She's leaving home
Bye bye

13 de março de 2008

minha ópera

ora estou maria rita.
ora estou cássia eller.
ora estou marisa monte.
ora estou elis.
ora estou ludov.
ora estou moska.
ora estou mombojó.
ora estou chico.
ora estou beatles.

resumo da ópera: esquizofrenia nível 9, lágrimas, suor e eventuais cervejas.

10 de março de 2008

minha avó já dizia...

minha avó é perfeita! além de ser minha companheira de leituras (repassei O Senhor do Anéis e todos os Réuri Porta pra ela), assiste e adora Two and Half Men, tem milhões de expressões bem a cara dela.

por este blog não ter aviso de teor, tenho que me abster da maioria das expressões, mas uma em especial bateu na minha testa ontem.

aos que não sabem, eu sou adepta da teoria da coxinha, idealizada pelo meu irmão. a teoria é a seguinte: quando sair para comer, pondere bem para onde vai. o que a turma decidiu, é mais gostoso que uma coxinha? é mais barato que uma coxinha? satisfaz como uma coxinha?

faço uso da teoria quando as mais variadas turmas fatalmente me chamam pra sair e comer sushi. desculpa, mas não consigo olhar pr'aquele arroz mal-lavado, com uma tira de fita-isolante ao redor e ficar com água na boca... e olha que eu já tentei, experimentei algumas vezes, mas eu sempre passava mal.

apesar da Lúcia gostar de me anunciar como detentora de "paladar infantil", refuto a classificação. o que eu tenho é intolerância a certas texturas (não, não é frescura). por isso odeio (e o ódio é recíproco) coco (com cocô não tenho grandes traumas)!!! deteeeeeeesto com todas as minhas forças murici e esses sucos com carocinhos. gosto de castanha, mas não tomo picolé de castanha, só de pensar sobe um arrepio de gastura...

tudo isso é pra dizer que ontem, não sei porque, não sei como, e não sei nem onde direito (não, eu não estava drogada), comi sushi. e, é com grande vergonha, que admito que gostei. não vergonha do sushi em si, mas vergonha de, por muito tempo, ter certeza de que eu não gostava e não haveria nada que poderia mudar isso. a vergonha foi por perceber que até as certezas mais absolutas são vãs, e que são, como tudo, suscetíveis a mudanças.

por isso, depois de, por muito tempo, ter chamado sushi de sujinho, ter entrado na comunidade "sushi é modinha e eu odeio", ter criticado os meus amigos sushi-addicteds (né, Dadys?), eu me rendo. e recebo, de braços abertos, a máxima perfeita da minha avó: "minha filha, não há nada mais certo nessa vida: boca falou, cu pagou!!"

não sei como acho essas coisas...

perfil de ******, num orkut perto de você:

eu sor uma menina ou uma adolesente pois pessa que na vida nada car do céu mais que tenho que lunta ñ mudar de atitude nei pesonaride pois ñ vai ****** divetida ñ eu quero se eu memar sempre que adora um telfone ama estuda que escuta musicas adora ficar msn e seu orkut pois saibar valoriza as pequenas coisas da vida aproveta melhoreis mometos sabem a vida ñ um pak divenção pois e um obijetivo que temois cada um sua missão ou ama vc memar pois sabem ser valoriza!


Champollion, você está sendo solicitado na secretaria!!

9 de março de 2008

Sorte de hoje: O coração é mais sábio do que a razão.

será? ~.^

6 de março de 2008

aos meus queridos amigos

não, não é pela minissérie (ótima, diga-se de passagem) que escrevo. é pelo que há tempos quero dizer e não sei se consigo transmitir apenas com o olhar ou com o sorriso que eles sempre me arrancam, mesmo quando me sinto imprópria (4 de março).

há os que talvez não saibam da minha relação com beijos e abraços. o abraço é algo pseudo-intimo; pode dizer tudo e pode dizer nada, dependendo da intenção de cada lado. eu sou sempre estranha em abraços com quem não tenho esta relação de intimidade. e fatalmente saem aqueles beijinhos 'mãe-de-santo' que o povo só encosta (e às vezes nem isso) o rosto no das pessoas.

sobre beijos no rosto, sou ainda mais seletiva. beijo no rosto é o próprio carinho. beijo no rosto é o coração puro, despido de qualquer pudor ou sentimento menor que o impeça de se expressar. beijo no rosto é algo grande, e que não pode e nem deve ser banalizado.

e cada amigo, vulgo aqueles que me viram com a maquiagem escorrendo, me sentindo a última dos mortais; aqueles que já me viram passar mal de rir, por aí; aqueles que ouvem as minhas teorias tresloucadas e não ligam pro hospício; aqueles pra quem eu ligo pedindo colo; aqueles cujo contato hoje é praticamente pela internet, mas isso não faz com que o momento seja menor; aqueles que sabem, de olhar pra mim, o que se passa no meu íntimo; aqueles que me seqüestram, quando eu mais preciso (ou não); aqueles que fazem a vida ser leve; aqueles que valem a pena, mesmo com todos os defeitos do mundo (é o tempero!); aqueles que contam histórias tipo 'meu passado me condena' e não estão nem aí; aqueles que vão ao cinema só pra rir, mesmo quando o filme não é de comédia; aqueles que dividem vícios inúteis e adoram; aqueles que escrevem sempre; aqueles que não escrevem nunca, mas eu sei que estão ali; aqueles escandalosos, que se jogam quando a gente se encontra; aqueles que contam as moedas comigo; aqueles cujo tratamento carinhoso são palavrões e adoooooro; enfim: aqueles que são, simplesmente são.

a todos esses e aqueles que fatalmente não se sentirão contemplados, mas estão aí e no meu coração, sintam-se num abraço apertado e com um beijo estalado no rosto. (me sinto uma viadinha nessas horas)

e não esqueçam nunca: EU AMO VOCÊS!
Sorte de hoje: Você viajará para muito longe.

olhaí as coisas melhorando, orkut!!

4 de março de 2008

perdôe, passe amanhã

é verdade. hoje estou imprópria. imprópria para o convívio humano, imprópria até para mim mesma. por isso, hoje vou sair de mim. vou para uma ilha distante, para ver se consigo me ver com os olhos huxleyanos. não estou triste, ou com raiva, ou nada do gênero. só estou cansada. cansada do de sempre. cansada do que não pode ser. cansada, intransitivamente.

3 de março de 2008

Sorte de hoje: Seu maior sonho vai se realizar.

tudo bem, orkut, agora eu só tenho que descobrir o maior de todos os meus sonhos para saber qual vai se realizar... só não queria que você levasse ao pé-da-letra e realizasse meu sonho recorrente. se bem, né, que agora é tarde... :/

2 de março de 2008

valore$

quem pode transformar em cifras tudo o que vive? quanto vale encontrar um amigo e conversar horas? quanto vale sair de casa sem destino e voltar com um sorriso no rosto? quanto vale sofrer, mas se achar finalmente livre? quanto vale sair com o povo munganguento e se passar? quanto vale um abraço bem dado? quanto vale acabar uma dúvida? quanto vale uma fitinha nova, com 3 pedidos extras? quanto vale saber o seu próprio valor?

não sei, mas tá aqui o cheque, em branco e assinado.