31 de julho de 2008

nós

nós somos nós, buarquianos estreitos nós.

há muito não venho aqui. não por falta do que falar, e sim por falta de coordenação, por falta de momento, por falta de mim mesma. o tal inferno astral me balançou e muito. me questionou e continua me questionando acerca de muitas das minhas decisões ou da falta delas.

com certeza não sou mais aquela que estava aqui em junho. nem sei se estou preparada ainda para voltar aos alfarrábios, mas julho me empurrou para muitas direções, e eu não quero que ele ganhe. talvez por isso mesmo que hoje, seu último dia, me obrigo a responder, mais para mim do que para qualquer público, que não sou a vaca do Twister, que só roda no furacão.

a despeito do que eu mesma cheguei a duvidar, cheguei até aqui mais inteira do que podia prever. estas seis semanas (praticamente um curso de verão, né?) foram esclarecedoras, exorcizantes, recheadas de guinadas, grandes encontros e novas possibilidades. a questão é que os velhos clichês não me largam (ou sou eu a grande amante dos lugares comuns?).

meu Au Pair de mim mesma foi como qualquer outro: houve o velho stress de guerra, mas a experiência é bem maior do que estas coisas mundanas.

neste ínterim revi alguns nós. alguns, infelizmente não passam de um laço frouxo, mal-feito e possível apenas numa única circunstância. mas outros nós se mostraram de marinheiro bêbado, que não desatam nem com a N. Sra. Desatadora de Nós.

são esses que eu quero perto de mim.
são esses nós, somos esses nós.