8 de agosto de 2008

epílogo

alguns anos depois.
em cima da duna, sentada, os olhos semi-cerrados, tentando evitar o pouco sol que ainda caustica.
as ondas batem ao longe, e aquele cheiro salgado que é uma mistura de suor e infância na praia.
os cabelos semi-medusianos voam livres, assim como os pensamentos que espero que não petrifiquem ninguém.
olho para trás e o sorriso existe.
já foi, já fomos, já somos.
perto da água estão todos lá: amigos, acenando e sorrindo.

7 de agosto de 2008

:@ - o desfecho

eu tava muito puta.
botei meu lexotan auditivo (a trilha do Across the Universe) pra truar e a oportunidade de extravasar veio.
gritei, meu bem. gritei pra onde deveria gritar.
que maravilha é voltar a sentir a respiração sem aquele peso.

:@

não tem nada que me deixe mais irada do que me sentir usada.

é uma raiva que sobe do estômago e fica querendo empurrar o grito pra fora.

o problema é que geralmente quando isto acontece, a pessoa pra quem o grito deveria ensurdecer não está perto.

isso é até bom, pois, parafraseando Veríssimo, Deus me dê paciência, porque se me der força eu mato de porrada!

ai, que vontade de quebrar alguma coisa!..