25 de novembro de 2008

meus dragões a matar



OGUM é o temível ORIXÁ considerado o mais guerreiro, violento e implacável de todo o Panteão. É o deus do ferro, da metalurgia e da tecnologia; protetor dos ferreiros, agricultores, caçadores, carpinteiros, escultores, sapateiros, talhadeiros, metalúrgicos, marceneiros, maquinistas, mecânicos, motoristas e de todos os profissionais que de alguma forma lidam com o ferro ou metais afins.

OGUM é o ORIXÁ conquistador. ELE se fez respeitado em toda a África negra devido ao seu caráter devastador. Foram muitos os reinos que se curvaram diante do poder militar de OGUM.

O campo de atuação de OGUM é a linha divisória entre a RAZÃO e a EMOÇÃO.

OGUM gosta de pisar a terra com os pés descalços. É batalhador e não mede esforços para atingir seus objetivos. E mesmo contrariando a lógica, luta insistentemente e vence.

OGUM não se prende à riqueza, o que ganha hoje, gasta amanhã. OGUM gosta mesmo é do PODER, gosta de comandar, é um líder nato.

OGUM é o que vem primeiro, é aquele que está sempre a frente...

http://www.guardiadeorixa.com/Ogum.htm

10 de novembro de 2008

?

e
agora,
José?

o
que
fazer
com

essa
imensidão

chamada
vida

que
eu
nem

lembrava
mais

que
existia?

9 de novembro de 2008

saulo.


o cheiro do mar vez por outra me invade as narinas.
e ele é vento.
o vento que permito que entre por entre meus cabelos.
é ele quem vejo da janela da minha torre,
na minha selva de fuligem e amianto.
o seu gosto, quase sinto.
o sal, o sol...

ele é vento.
vento que quase fala, que mais significa que pronuncia.
vento que brinca, vento que tira o sorriso da caixa em que se guarda quando se sabe que não vai usá-lo naquele momento.

meu Saulo, meu vento, sou tua Ostra.
sei que não posso te guardar, mas me deixa te sentir.
sei que tu és fugaz, e sei que somos impossíveis neste plano, mas podemos lutar, ainda.

metade de ti é mar.
a outra metade nem ouso nomear.
metade de ti é chuva, é tempestade, é cheiro, é impulso.
a outra metade é suspiro.
metade de ti, às vezes serena, esconde redemoinhos.
a outra metade desperta redemoinhos.

e metade de mim é esperar a tua visita na minha nuca.
a outra metade nem me interessa mais.

meu calcanhar de aquiles

eu preciso saber. é uma coisa doentia mesmo. gosto de saber com quem estou lidando, gosto de entender o que se passa.

essa semana um amigo (daqueles que te conhece desde o tempo em que você corria só de calcinha na porta de casa e que, por acasos da vida, faz 5 anos que não encontra) ligou pra minha casa. conversamos uma hora, mais ou menos, sobre as coisas boas da nossa infância e adolescência juntos, dos amigos em comum, e falamos inclusive de coisas que nunca falamos antes, de uma maneira natural e tranqüila. e foi ele quem disse, de uma maneira simples: "sabe qual o teu problema, Raquel? tu sempre quer ter o controle de tudo e de todos, desde criança! você se cobra demais!".

falando assim, parece uma coisa psicopática e temerosa, mas eu não vejo por este lado. (não ver tanto problema nisso pode ser a raiz do problema...)

realmente eu me cobro. muito. não gosto de não saber o que está havendo. reajo de uma maneira louca quando me sinto deslocada e fora das coisas. mas correr sempre em busca deste saber só está me cansando. já está na hora de aceitar um mero não, um já foi... todo mundo convive com isso, porque eu não posso?

agora eu pergunto: se Deus não queria que eu soubesse das coisas, porque inventou o google?

2 de novembro de 2008

de alma lavada e enxaguada


me passei.
muito.
chorei, ri, gritei, chorei de novo, gritei mais ainda.
esse show do Marcelo Camelo acabou comigo.
eu saí destruída, exorcizada...
afinal, ele conseguiu chegar lá nos demônios com síndrome de perereca de bananeira (aqueles que não desgrudam nem com água quente) e tirou tudo.
eu mal conseguia sorrir, eu mal conseguia articular o que quer que fosse.
Santa Chuva e A Outra me levaram para um universo paralelo, quase um vídeo-game onde eu finalmente consegui matar o chefão...
em Todos os Santos, me apego ao Camelo e ao Descartes, que tava lindo demais tocando no Maracatu Solar mais cedo.

p.s. finalmente me senti contemplada e concordando com a música: e as gordinha (sic), um alvoroço - Copacabana.