6 de março de 2008

aos meus queridos amigos

não, não é pela minissérie (ótima, diga-se de passagem) que escrevo. é pelo que há tempos quero dizer e não sei se consigo transmitir apenas com o olhar ou com o sorriso que eles sempre me arrancam, mesmo quando me sinto imprópria (4 de março).

há os que talvez não saibam da minha relação com beijos e abraços. o abraço é algo pseudo-intimo; pode dizer tudo e pode dizer nada, dependendo da intenção de cada lado. eu sou sempre estranha em abraços com quem não tenho esta relação de intimidade. e fatalmente saem aqueles beijinhos 'mãe-de-santo' que o povo só encosta (e às vezes nem isso) o rosto no das pessoas.

sobre beijos no rosto, sou ainda mais seletiva. beijo no rosto é o próprio carinho. beijo no rosto é o coração puro, despido de qualquer pudor ou sentimento menor que o impeça de se expressar. beijo no rosto é algo grande, e que não pode e nem deve ser banalizado.

e cada amigo, vulgo aqueles que me viram com a maquiagem escorrendo, me sentindo a última dos mortais; aqueles que já me viram passar mal de rir, por aí; aqueles que ouvem as minhas teorias tresloucadas e não ligam pro hospício; aqueles pra quem eu ligo pedindo colo; aqueles cujo contato hoje é praticamente pela internet, mas isso não faz com que o momento seja menor; aqueles que sabem, de olhar pra mim, o que se passa no meu íntimo; aqueles que me seqüestram, quando eu mais preciso (ou não); aqueles que fazem a vida ser leve; aqueles que valem a pena, mesmo com todos os defeitos do mundo (é o tempero!); aqueles que contam histórias tipo 'meu passado me condena' e não estão nem aí; aqueles que vão ao cinema só pra rir, mesmo quando o filme não é de comédia; aqueles que dividem vícios inúteis e adoram; aqueles que escrevem sempre; aqueles que não escrevem nunca, mas eu sei que estão ali; aqueles escandalosos, que se jogam quando a gente se encontra; aqueles que contam as moedas comigo; aqueles cujo tratamento carinhoso são palavrões e adoooooro; enfim: aqueles que são, simplesmente são.

a todos esses e aqueles que fatalmente não se sentirão contemplados, mas estão aí e no meu coração, sintam-se num abraço apertado e com um beijo estalado no rosto. (me sinto uma viadinha nessas horas)

e não esqueçam nunca: EU AMO VOCÊS!

3 comentários:

Antonio Souza disse...

Como é bom voltar aqui e ler essas palavras maravilhosas e verdadeiras que tu escreve!

Pois é, tanto o teu texto, quanto a minissérie, me fizeram reavaliar meu conceito de amizade. Na verdade, não é de agora que tenho parado para analisar essa questão. Havia uma época que eu acreditava que amizade era somente coisa de filme, algo muito distante da minha realidade e do cotidiano competitivo que temos de enfrentar.

De fato, como conversamos no nosso último bate-papo msnnístico, sou realmente muito exigente comigo mesmo e já fui muito mais exigente com as pessoas com as quais me relacionava. Não havia confiança, sempre um pé atrás; mas com o tempo (maravilhosos e assustador), fui aprendendo que a gente não deve esperar tanto dos outros, que eles estão sujeitos ao erro e que isso é inevitável em qualquer tipo de relação humana.

Aprendi que a gente deve cultivar as amizades nos pequenos detalhes, que não devemos perder nosso tempo idealizando um modelo perfeito de amigo, que nos é “vendido” através da ficção, pois na vida real, a gente é de carne e osso e o sangue que banha nossas veias também ferve.

Hoje posso, sim, dizer que tenho amigos, amigos de verdade. Poucos, mas tenho esse pouco vale muito, muitíssimo para mim.

Cuidemos de nossas amizades! Cuidemos de nós mesmos!

Muito obrigado pelo teu texto!

Um grande e apertado abraço do seu AMIGO aqui!

ra9uel disse...

e é por isso que eu te amo, Juninho!!! =)

dadys disse...

bom, a minissérie é bacana, e eu não perco nem a pau. só pra ver a hora que o Leo vai levitar.
:P
gatam, tu roubou meu jargão. não vale viu?
beijo no coração!